Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Guilherme Alencar de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-23102019-162406/
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Resumo: |
Os linfomas de células B de alto grau apresentam uma grande variedade de subtipos clínico-patológicos hoje reconhecidos pela classificação das neoplasias linfo-hematopoiéticas da OMS 2018. A OMS 2018 criou uma categoria diagnóstica: Linfomas de Células B de alto grau com rearranjo entre MYC e BCL2 e/ou BCL6, que cursa com comportamento biológico mais agressivo, maior recidiva da doença e maior resistência aos quimioterápicos. Os rearranjos são pesquisados através de testes citogenéticos, atualmente disponíveis apenas em grandes centros diagnósticos e bastantes dispendiosos. Devido à alta incidência de Linfomas B agressivos na população, que pode chegar a 60% de todos os linfomas não Hodgkin, o exame imuno-histoquímico para c-MYC e BCL2 como teste de \"screening\" para seleção dos casos indicados para testes citogenéticos de tornam-se indispensáveis. OBJETIVOS: identificar um algoritmo imuno-histoquímico útil para o escrutínio pré- teste molecular, que possibilite identificar os casos de LBAG que necessitam do pós-teste de FISH para pesquisa dos rearranjos dos genes MYC e BCL2, além de correlacionar .resultados da expressão imuno-histoquímica de BCL2, MYC e Ki67 com a presença dos rearranjos nos genes BCL2 e MYC nos LBAG e avaliar sobrevida global e sobrevida livre de doença dos tipos de LBAG da coorte correlacionando com as variáveis clínicas e patológicas. MATERIAL E METÓDOS: realizou-se a avaliação clinico-morfológica de 56 pacientes com diagnóstico de linfoma difuso de grandes células B de alto grau, através de revisão de prontuários, confecções de reações imuno-histoquímicas (BCL2, BCL6, CD20, CD10, MUM- 1, c-MYC e KI67) e confecção de plataforma de \"tissue microarray\" (TMA) para realização de hibridação por fluorescência in situ (FISH) para detecção de translocações dos genes c-MYC e BCL2. RESULTADOS: foram estudados 56 casos de linfomas de células B de alto grau. A idade média foi de 57,6 ± 18,4 anos com 58,9% do gênero masculino. Observou apenas 01 caso de linfoma B de alto grau com rearranjo do MYC e BCL2 (linfoma \"double-hit\" - LDH), cuja a taxa de frequência foi de 1,8%. Trinta casos (53,6%) de LDGCB-CG sendo 04 casos de LDGCB-CG com quebra no gene BCL2, taxa de frequência de quebra de 7,1%. Não houve quebra no gene MYC neste grupo. Dezenove casos (33,9%) de LDGCB-NCG, com 03 casos12 apresentando rearranjo de gene MYC (taxa de frequência de 5,4%casos). Nenhum dos 19 casos de LDGCB-NCG apresentaram quebra no gene BCL2. Não houve diferença entre o índice de proliferação celular (IPC) dos grupos de LDGCB com e sem quebra de BCL2 ou MYC. A sobrevida global nos LBAG é significativamente menor nos pacientes com sintomas B e recidiva de doença (p<0,05). Não houve diferença estatística significativa de sobrevida global e sobrevida livre de doença quando comparado pacientes com rearranjos gênicos. CONCLUSÃO: o presente estudo propõe um algoritmo imuno-histoquímico útil para o escrutínio pré-teste molecular a partir de imunoexpressão de c-MYC >= 40%, que indica a realização de FISH para pesquisa do rearranjo gênico, com alta sensibilidade e especificidade para auxiliar na rotina diagnóstica. Houve limitação dos resultados devido ao tamanho da coorte e a baixa taxa de frequências dos linfomas com rearranjos gênicos duplos para BCL2 e MYC |