Quantificação tomográfica do acometimento pulmonar em pacientes com bronquiectasias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sawamura, Márcio Valente Yamada
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-28102020-174524/
Resumo: Introdução: Escores tomográficos visuais são utilizados para quantificação do acometimento pulmonar em pacientes com bronquiectasias, porem, são subjetivos, requerem treinamento prévio e demandam tempo considerável para sua realização. O objetivo deste estudo e avaliar a densitometria pulmonar por tomografia computadorizada (DPTC) como método de quantificação automática do acometimento pulmonar em pacientes com bronquiectasias de etiologia não fibrose cística, correlacionando-a com dados da prova de função pulmonar (PFP) e comparando-a com o escore tomográfico visual (CF-CT). Métodos: Entre 2014 e 2017, foram recrutados 100 adultos com bronquiectasias de etiologia não fibrose cística. Os pacientes realizaram TC de tórax em inspiração e expiração, prova de função pulmonar, pletismografia e medida da capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO). Foram calculados o escore tomográfico visual, escores prognósticos multidimensionais (FACED e BSI) e parâmetros da DPTC. Resultados: Parâmetros da DPTC (curtose e assimetria) apresentaram correlação com o volume expiratório forcado em 1 segundo (VEF1) (r=0,32 e r=0,34; p < 0,001 respectivamente) e com o DLCO (r=0,41 e r=0,43; p < 0,001). O escore tomográfico visual (CF-CT) apresentou correlações com grandezas semelhantes com o VEF1 e DLCO (r=-0,42 e r=0,43; p < 0,001). A quantificação automática de aprisionamento aéreo (DMP E/I) apresentou correlação com a razão volume residual sobre capacidade pulmonar total (VR/CPT) e com o escore FACED (r=0,68 e r=0,53; p < 0,001) e foi superior a analise visual para discriminar pacientes de alto risco (com FACED moderado e grave) e pacientes com aprisionamento aéreo grave (VR/CPT > 60). Além disso, a DPTC foi mais rápida do que a analise visual. Conclusão: A DPTC e um método rápido, objetivo e reprodutível que pode ser utilizado para quantificação automática do acometimento pulmonar em pacientes com bronquiectasias. Na nossa população a quantificação automática de aprisionamento aéreo apresentou desempenho melhor que o escore tomográfico visual para discriminar pacientes de alto risco e pacientes com aprisionamento aéreo grave, sugerindo que este método possa contribuir na avaliação dos pacientes com bronquiectasias, especialmente na quantificação de aprisionamento aéreo