Efeito do uso de própolis associada a vitrocerâmica bioativa na interface dentina-adesivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vivanco, Rocio Geng
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-03102022-171436/
Resumo: Este estudo in vitro avaliou o efeito do uso de própolis associada a suspensão de Biosilicato na resistência de união (RU) à dentina de restaurações em compósito. Foram selecionados 320 dentes molares humanos hígidos e preparadas cavidades oclusais (5 mm de comprimento, 4 mm de largura e 4 mm de profundidade) utilizando brocas carbide. Metade das amostras foram submetidas a protocolos Des-Re para formação de cárie artificial. Posteriormente, todos os dentes foram separados em oito grupos (n = 20) de acordo com o tratamento recebido antes do adesivo (Single Bond Universal - 3M ESPE): Grupo Controle - Sistema Adesivo; Grupo CHX - Cloredixina a 0,12% (CHX); Grupo Bio - Suspensão de Biosilicato a 10% (Bio); Grupo P16 - Extrato de própolis com baixo teor de polifenóis (P16); Grupo P45 - Extrato de própolis com alto teor de polifenóis (P45); Grupo CHX Bio - CHX + Bio; Grupo P16 Bio - P16 + Bio; P45 Bio - P45 + Bio. Após restauração (Filtek Z350, 3M ESPE), as amostras foram seccionadas em formato de palitos, divididos e armazenados em água destilada a 37 ºC por 24 horas, 6 meses e 1 ano. Após o período de armazenamento, foram submetidos ao teste de microtração (0,5 mm/min). Os dados foram analisados (ANOVA de dois fatores, teste de Bonferroni, p < .05), os padrões de fratura observados com microscópio óptico (VH-M100, Keyence) e MEV (EVO MA10, ZEISS); e a interface adesiva, através da MET (JEM-1010, JEOL). A associação de tratamentos resultou em maior RU (p < .05) nos dentes cariados em relação às amostras Controle, testados após 24 horas, sem diferença entre si (p > .05). Entre os hígidos testados após 6 meses, o grupo P16 mostrou maior RU que os grupos Bio e Controle (p < .05). Dentre os dentes cariados, o grupo P45 mostrou maior RU do que o grupo CHX Bio (p < .05) quando testados após 1 ano. O envelhecimento das amostras só foi significativo (p < .05) para os substratos cariados, de forma que houve menor RU após 6 meses para o grupo P45 Bio e após 1 ano para o grupo CHX Bio. As imagens em MEV demonstraram que substratos hígidos apresentam padrão clássico de condicionamento obtido com sistemas self-etch. Nos cariados, nota-se maior remoção da smear layer e formação dos tags de resina em maior quantidade. Encontraram-se túbulos mais expostos e fibrilas colágenas desorganizadas. Foi possível identificar partículas de Biosilicato nos grupos tratados com esse biomaterial. Nos substratos cariados, foi possível identificar partículas de própolis sobre a dentina tratada. Na MET foi observada boa interação do adesivo com as fibrilas colágenas e a formação da camada híbrida. No substrato cariado percebe-se um tecido conjuntivo mais frouxo e desorganizado. Foi também possível identificar partículas de Biosilicato e do extrato de própolis. O tratamento com própolis com baixo teor de polifenóis, resultou em melhor resistência de união em substrato hígido após 6 meses de envelhecimento. A associação de tratamentos com Biosilicato promove melhor resistência de união após 24 horas em substratos cariados. Não houve diferença na resistência de união em virtude do envelhecimento no substrato hígido. O padrão de fratura mais prevalente foi o não adesivo, que aumentou à medida que houve maior tempo de envelhecimento.