Identificação da tipologia psicológica, resiliência e suporte social para melhora da qualidade de vida de pacientes com câncer colorretal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Stela Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-01062023-161130/
Resumo: O câncer é considerado um problema de saúde pública; o câncer colorretal (CCR) acomete grande número de homens e mulheres anualmente. É importante que a equipe de saúde tenha recursos técnicos para auxiliar o paciente quanto ao manejo da crise vivenciada pelo diagnóstico oncológico, contribuindo para a identificação de recursos para o enfrentamento desta vivência. O objetivo deste estudo é identificar aspectos da personalidade dos pacientes, através dos tipos psicológicos, pela aplicação do Questionário de Avaliação Tipológica (QUATI); o grau de resiliência, através da Escala de Resiliência CD-RISC10 e suporte social, por meio da Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS), em 90 pacientes recém-diagnosticados com CCR. Pelo caráter prospectivo, todos os pacientes foram acompanhados via prontuário eletrônico por um ano, após a coleta de dados. Aqueles que realizaram o procedimento cirúrgico foram reavaliados, após seis meses ou até um ano da intervenção, quanto ao grau de resiliência e suporte social. Aos pacientes estomizados, foi aplicado um questionário de Qualidade de Vida, próprio a esta população, denominado City of Hope- Quality of life Ostomy Questionnaire. Foram incluídos no trabalho pacientes maiores de 18 anos, sem tratamento prévio; com ensino fundamental completo. Foram excluídos da amostra pessoas com histórico de doenças que interferissem em seu entendimento para responderem os instrumentos; pacientes analfabetos e aqueles que não tinham compreensão sobre o diagnóstico oncológico. O estudo aconteceu no Ambulatório de Cirurgia do Aparelho Digestivo, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICESPHCFMUSP). Houve prevalência do sexo masculino, casados e com ensino fundamental completo. A maioria dos pacientes tem uma atitude predominantemente introvertida. As funções da consciência que mais se destacaram foram o sentimento e a sensação. Do total da amostra, 70% dos pacientes foram reavaliados acerca da resiliência e suporte social, porém os resultados foram semelhantes nas diferentes etapas do tratamento. Referente à resiliência, a média foi de 26 e 28 pontos, antes e após o tratamento, respectivamente; quanto ao suporte social o escore de 54 antes do tratamento, teve um acréscimo para 55 após a realização da cirurgia. Somente 35,55% dos pacientes foram estomizados e o aspecto que obteve a maior pontuação foi o bem-estar espiritual, com média de 7,5. Conclui-se que no atendimento a esses pacientes, torna-se necessário uma postura empática, com o estabelecimento de confiança e vínculo significativo, respeitando os limites e as crenças da referida população. Cabe também aos profissionais de saúde comportar-se de forma prática e objetiva, procurando fornecer orientações a partir da realidade do indivíduo