Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Diniz, Maria Angélica Andreotti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-12082024-125317/
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Resumo: |
Objetivo: Investigar fatores relacionados à resiliência de pessoas idosa no período de isolamento social da pandemia da COVID-19. Material e método: foi realizada uma pesquisa quantitativa e analítica de corte transversal com pessoas idosas, com 60 anos e mais, atendidas na Atenção Básica, residentes de um município no interior paulista, durante a pandemia da COVID-19. Para a coleta de dados, realizada entre março a maio de 2022, foram utilizados os instrumentos de caracterização do Núcleo de Pesquisa de Geriatria e Gerontologia (NUPEGG), a Escala de Resiliência, a Escala de Apoio Social do Medical Outcomes Study e Escala de Satisfação com o Suporte Social. A análise estatística constou da caracterização sociodemográfica, de saúde, dados sobre a pandemia da COVID-19, bem como os escores das Escalas de Resiliência, Apoio Social e Satisfação com Apoio Social. Nas análises bivariadas foram calculados os Coeficientes de Correlação de Spearman e o teste quiquadrado. E análise de regressão, o desfecho foi a Escala de Resiliência e as variáveis explanatórias, Escala de Apoio Social (material, afetivo, emocional e interação social positiva); Escala de Suporte Social e variáveis de caracterização. O nível de significância utilizado foi de 5%. O projeto foi aprovado por um Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Resultados: participaram do estudo 139 pessoas idosas, com predomínio do sexo biológico feminino (64%), cor de pele branca (66,9%) e casados (57,6%). A média de idade foi de 72,61 (± 7,75 anos) e de escolaridade de 4,86 anos (± 3,84). Do total de participantes, 89,2% relatavam estar satisfeitos com a vida e 97,8% se consideravam com alta espiritualidade. Durante a pandemia, 24,5% tiveram COVID-19, 41% alegaram ter lidado \"bem\" com a mesma, 60,4% relataram mais ansiedade, 54,0% mais solidão e 60,4% mais sintomas depressivos na pandemia. Da Escala de Resiliência, 53,96% apresentaram alta resiliência com média de 145,29 (±14,97). Em relação ao Apoio Social, relataram alto apoio material (82,7%), afetivo (94,2%), emocional (85,6%) e interação social (83,5%). Na satisfação com o suporte social recebido, 95,68% relataram nível médio, com média de 37,81 (±5,32). Na análise de regressão, para as pessoas idosas que referiram sintomas depressivos durante a pandemia, a pontuação mediana de resiliência foi, em média, 3,88 pontos menor comparadas às pessoas que não relataram tais sintomas (P=0,03). E, para cada ponto a mais obtido no domínio de Interação Social Positiva da Escala de Apoio Social estima-se que a pontuação mediana da Escala de Resiliência foi 0,88 ponto maior (p<0,001). Conclusão: esse estudo evidenciou a resiliência como um constructo positivo para as pessoas idosas, no qual a categoria alta resiliência foi relatada pela maioria, assim como houve associação entre a menor resiliência e relato de mais sintomas depressivos, e entre maior apoio social no domínio interação social positiva e maior resiliência das pessoas idosas no período de isolamento social da pandemia da COVID-19. |