Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Beltrame, Paula Puertas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-13092021-140045/
|
Resumo: |
O desencontro entre o perfil de filho desejado por candidatos à adoção e a realidade de crianças e adolescentes à espera de uma família adotiva leva a longas filas de espera de pretendentes e remotas chances de adoção para as crianças. As estatísticas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que atualmente, no Brasil, a adoção declina significativamente quando a criança já ultrapassou os sete anos de idade. Diante desta realidade, esta pesquisa teve o objetivo de identificar e compreender as motivações, conscientes e inconscientes, de pretendentes que desejavam adotar crianças maiores de sete anos de idade e adolescentes. A partir da metodologia clínico-qualitativa, e sob o referencial teórico da Psicanálise, foram realizadas cinco entrevistas semidirigidas com pretendentes à adoção de diferentes configurações familiares, que já estavam habilitados judicialmente para adotar crianças efetivamente maiores e/ou adolescentes. Os resultados indicaram que as novas configurações vinculares facilitam este tipo de adoção, tendo sido apresentadas motivações contemporâneas, que ultrapassam as questões de infertilidade e altruísmo. As motivações inconscientes subjacentes à busca pela adoção estavam associadas à singularidade de cada um, se apresentando com maior intensidade no discurso dos entrevistados em que as expectativas em torno da adoção se distanciavam da realidade da parentalidade adotiva. A diferença entre expectativas mais próximas ou mais distanciadas da realidade da filiação e parentalidade adotivas mostrou-se relacionada à história de vida dos entrevistados, e ao preparo recebido durante o tempo de espera pela adoção. A análise das entrevistas apontou ainda estratégias, por parte das equipes interprofissionais, para a alteração do perfil de filho desejado, revelando ações tanto para a ampliação da idade aceita, como para sua redução, explicitando uma tentativa de reproduzir o modelo tradicional de família, o que acaba por reduzir as chances de crianças maiores e adolescentes serem adotados. Ao lançar luz sobre as motivações dos pretendentes, esta pesquisa visou contribuir para uma prática, no campo das adoções, voltada ao melhor interesse das crianças e dos adolescentes |