Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eduardo Marinho da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-22042021-153043/
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Resumo: |
Este trabalho se propõe a investigar o processo de criação de uma figura incógnita presente no romance Crônica da casa assassinada, publicado em 1959 pelo escritor mineiro Lúcio Cardoso. No plano ficcional de estruturação da obra, esta figura é responsável por resgatar e coletar diversos manuscritos deixados por dez narradores-personagens, rearranjando-os de forma a orquestrar as vozes narrativas que compõem o romance. Estas narrativas, espécie de \"manuscritos ficcionais\" - expressão empregada por Júlio Castañon Guimarães, que realizou o estabelecimento do texto para a edição crítica do romance - são compostas por cartas, diários, depoimentos, memória e narrativas. Anônima e sem voz, a figura incógnita deixa dois tipos de marcas nos manuscritos ficcionais: a supressão de partes, indicadas por pontilhados, e as notações que apontam para as condições materiais da obra (indicados como \"escritos à margem...\"). A partir do cotejo do texto estabelecido com as variantes do romance, esta pesquisa objetiva discutir as representações desta figura incógnita à luz da teoria do arranjador, analisando as notações que apontam para a materialidade dos manuscritos ficcionais e os efeitos de sentido que os escritos à margem suscitam no leitor e na estrutura do romance. |