A escravidão entre os seguros: as seguradoras de escravos na província do Rio de Janeiro (1831 - 1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Payar, Andre Javier Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-27092012-102055/
Resumo: O comércio internacional utilizou-se largamente dos seguros como forma de resguardar, total ou parcialmente, o capital inicialmente investido nas expedições marítimas. Os investidores e realizadores do comércio transatlântico de escravos, um empreendimento capitalista, computaram os custos dos seguros marítimos dentre os gastos iniciais de qualquer viagem negreira. A travessia do Atlântico reservava à navegação uma soma razoável de riscos, que deveriam ser contornados. Por outro lado, a partir de uma época já próxima à abolição do tráfico negreiro, a sociedade carioca do século XIX, e também a sociedade norte-americana de meados da década de 1840, foram testemunhas do surgimento de companhias que tomaram a vida dos escravos como objeto de outra espécie de seguros: garantiram os patrimônios dos senhores contra os eventuais desfalques provocados pelas mortes de suas propriedades. Uma vez que não foram objeto de preocupação dos estudos historiográficos nacionais e internacionais, esta pesquisa procede à identificação destas companhias brasileiras, em sua maioria estabelecidas nas décadas de 1850 e de 1870. Um trabalho exploratório, enfim, em que seus negócios vão apresentados de modo a transparecer as influências sofridas por duas datas importantes ao processo da abolição da escravatura no Brasil.