Efeitos da superexpressão da sequência mimética do mir-101a na regeneração muscular esquelética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Jerez, Mirella Bento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42138/tde-21082023-163007/
Resumo: O tecido muscular esquelético é altamente especializado e uma das suas principais características é a plasticidade muscular, que abrange os processos de reparo tecidual (regeneração) e de regulação da massa (hipertrofia/atrofia). A regeneração muscular, tem sido apontada como moduladora e/ou modulada pela expressão de microRNAs específicos, de forma que a ablação de alguns destes microRNAs podem perturbar esse processo. Neste sentido, já foi demonstrado o envolvimento do microRNA 101a (miR-101a) no processo de diferenciação de células satélites no músculo esquelético, no entanto, ainda não está bem elucidado o papel do miR-101a durante outros processos plásticos, sendo este o objetivo deste trabalho. Foi investigada a função do miR-101a utilizando o método de superexpressão por eletroporação de sequência mimética (o que resultou no aumento da expressão ~4x acima do basal) no músculo tibial anterior de camundongos, e observamos o envolvimento do miR-101a no processo de regeneração muscular. Inicialmente, a superexpressão do miR-101a provocou um desarranjo na arquitetura tecidual com concomitante aumento de infiltrado inflamatório após 4 dias de eletroporação, indicando que esse microRNA possui funções durante o processo inicial de regeneração (fase inflamatória), uma vez que os animais eletroporados por 7 dias apresentam regeneração normal. Além disso, mostramos que a superexpressão do miR-101a é capaz de reprimir a expressão gênica de MuRF-1 (~92%), MuRF-2 (~65%) e MuRF-3 (~85%), mostrando que esse microRNA atua na regulação de MuRF`s. A superexpressão do miR-101a após 3 dias de lesão por Cardiotoxina (CTX) resultou em aumento da área de secção transversal (~2x), aumentando também a quantidade de células satélites (~58%); reduzindo a quantidade de macrófagos (~53%) e a expressão gênica de colágeno tipo I (em até 60%) e III (em até 90%). Esses resultados indicam um possível envolvimento do miR101a durante diferentes fases da regeneração muscular esquelética, regulando a fase inflamatória através da modulação de infiltrados inflamatório e regulando a expressão de genes atróficos, induzindo a proliferação de células satélites, além de efeitos anti-fibróticos durante a fase miogênica.