Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dartora, Vanessa Franco Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-05112021-183838/
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Resumo: |
O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre as mulheres, representando cerca de 25% de novos casos anuais no Brasil e no mundo. Os carcinomas ductais in situ (DCIS) representam a forma mais comum de câncer de mama não invasivo. Considerando que os DCIS geralmente se iniciam nas células epiteliais que revestem os dutos, foram desenvolvidas neste estudo nanoemulsões (NE) bioadesivas e nanopartículas poliméricas (NP) termossensíveis a base de pNIPAM para administração intraductal do quimioterápico piplartina (piperlongumina). Para conferir propriedades bioadesivas, a NE foi modificada com quitosana (NE-Q) ou ácido hialurônico (NE-HA). O uso de fosfatidilcolina associado ao polissorbato 80 e glicerol como tensoativos permitiu a formação sistemas de 76,5 ± 1,2 nm. A inclusão de quitosana ou ácido hialurônico resultou em NEs com carga oposta, potencial bioadesivo in vitro semelhante e capacidade comparável de prolongar a retenção do marcador fluorescente Alexa flúor 647 no tecido mamário por 120 h in vivo comparado à solução e administração sistêmica do composto. Não foram observadas alterações histológicas. As nanopartículas de pNIPAM foram modificadas com o peptídeo SILY para ligação ao colágeno e direcionamento, e a piplartina foi coencapsulada com um peptídeo inibidor de MK2 (YARA) para potencialização da citotoxicidade. As NPs apresentaram diâmetro médio de 361,5 ± 04,6 nm, sendo observada diminuição no raio hidrodinâmico em temperaturas acima da temperatura de solução crítica. Sua administração intraductal in vivo prolongou a retenção da rodamina no tecido mamário por 120 h sem promover alterações histológicas. A piplartina em solução apresentou IC50 de 10,1 11,3 <font face = \"symbol\">mM nas linhagens de câncer de mama T47-D e MCF-7. Sua incorporação em NE-HA e NP resultou em aumento da citotoxicidade e redução do IC50 em até 3,6 vezes para NE-HA e 1,6 vezes para NP. Uma redução adicional (~4,0 vezes) foi observada com a combinação de piplartina com YARA em NP. Resultados ainda mais pronunciados foram observados em modelos 3D, representados por esferoides de T47-D ou MCF7, com redução do IC50 em até 6,6 e 4,6 vezes utilizando NE-HA e NP, respectivamente. Consistente com os resultados em monocamadas, a associação de piplartina e YARA em NP reduziu ainda mais o IC50 (até 15 vezes) do fármaco em esferoides. O aumento da citotoxicidade medida pelos nanocarreadores pode decorrer de penetração mais eficiente, como observado por meio da visualização da penetração da rodamina B em culturas 2D e 3D. Em modelo pré-clínico de câncer de mama, tumores palpáveis desenvolveram-se em 77,7% dos animais no grupo não tratado induzido (2,5 ± 1,6 tumores por animal). Por outro lado, semelhante ao grupo não induzido, não foram observados tumores palpáveis no grupo tratado com NE-HA, enquanto que o tratamento com NP reduziu em 18 vezes a incidência desses tumores. Esses resultados foram confirmados por meio de análises histológicas, em que alterações histológicas compatíveis com DCIS foram observadas no grupo induzido e não tratado, enquanto os grupos tratados com NE-HA e NP apresentaram um padrão de organização tecidual mais semelhante ao grupo controle não induzido. Em conjunto, esses resultados evidenciam as vantagens da nanoencapsulação da piplartina, inclusive em associação com inibidor de MK2, e a potencial aplicabilidade dos nanocarreadores desenvolvidos para administração intraductal e tratamento de DCIS e lesões mamárias de baixo risco. |