Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Leonardo Rennó Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08042016-121804/
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Resumo: |
A presente tese parte do diagnóstico de que a Antropologia Pragmática manual de antropologia editado tardiamente por Immanuel Kant em 1798 é tomada tradicionalmente pelo kantismo como periférica em relação ao corpus crítico, cujo resultado mais evidente é a disjunção da questão antropológica das inquietações centrais que mobilizam a filosofia crítica. Contra esta linha de argumentação, será defendido mediante uma interpretação abrangente das Vorlesungen über Anthropolgie e Antropologia Pragmática que, ao longo dos seus 25 anos de preleções sobre antropologia, Kant desenvolveu paulatinamente uma concepção coerente de natureza humana em relação ao conjunto de princípios basilares que organizaram o seu projeto filosófico. Para tanto, será primeiro investigado o lugar da Weltkenntnis na filosofia kantiana, interrogando o modo como a disciplina de antropologia pôde surgir no semestre acadêmico de inverno de 1772/73 como desdobramento consequente das preleções sobre geografia física. Em seguida, a metodologia proposta por Kant nas preleções sobre antropologia será analisada, buscando delimitar as suas especificidades em relação às disciplinas de geografia física e história natural, assim como a sua reciprocidade em face da estruturação da filosofia crítica. O segundo capítulo será dedicado à exploração deste vínculo entre investigação antropológica e Crítica a partir da concepção kantiana de Esclarecimento. Será mostrado como a reflexão de Kant sobre a natureza humana ajudou a estruturar a sua definição original de progresso do gênero humano, o que lhe permitiu, ao mesmo tempo, redefinir a disciplina de História como Geschichte e interrogar este processo a partir do cultivo da sensibilidade. Por fim, porque esta interrogação mobiliza duas noções-chave da estética kantiana, o terceiro capítulo será dedicado à compreensão do juízo de gosto e da faculdade de imaginação, tal como ambas foram consideradas no interior das preleções de Kant sobre antropologia, buscando ressaltar ali o seu potencial emancipatório em vista da concepção kantiana, também original, de cultura. |