Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carlos Francisco Cordeiro dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-28062021-122252/
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Resumo: |
A restauração e conservação das florestas tem sido objeto de estudo no mundo com a expectativa de reverter o acelerado processo de degradação dos recursos naturais. A Mata Atlântica tem sido considerada uma das mais degradadas florestas do mundo. Na cidade de São Paulo, a Mata Atlântica está representada por remanescentes dispersos pela área urbana. A Cratera de Colônia é uma estrutura em forma de anel com cerca de 3,6 km de diâmetro distante cerca de 35 km do centro da cidade de São Paulo. Os dados geológicos, geomorfológicos e geofísicos indicam que a estrutura resulta do impacto de um corpo celeste ocorrido entre 36 a 5 milhões de anos. A Cratera de Colônia é um fragmento de Mata Atlântica com três fitofisionomias: \"Mata de Encosta\", \"Mata de Turfeira\" e \"Campo Brejoso\". O presente trabalho apresenta a análise da chuva de sementes e o recrutamento de plântulas e regenerantes nas três fitofisionomias da Cratera de Colônia. Em cada área foram demarcadas cinco parcelas (20x20m), e em cada parcela foram instalados três coletores de sementes (0,5x0,5m), três subparcelas para amostragem de plântulas (0,5x0,5m) e uma subparcela para recrutamento de regenerantes (1x1m). O número total de sementes foi 31.194 (1.386,4 sementes/m2), de plântulas foi 614 (27,3 plântulas/m2) e de regenerantes foi 138 (4,6 regenerantes/m2). As áreas apresentam diferenças, sendo a Mata de Encosta a com maior número de sementes e regenerantes. Os picos mensais de deposição e recrutamento de plântulas coincidem com o período chuvoso, o que denota um padrão sazonal. O hábito arbóreo predomina nas três análises e fitofisionomias, principalmente quando a análise é feita pela abundância. Apenas a Mata de Turfeira apresenta número expressivo de lianas. Quanto às síndromes de dispersão predomina a zoocoria, tanto na análise por espécie quanto por abundância. As famílias melhor representadas neste estudo são as comumente encontradas em outros remanescentes florestais do Estado de São Paulo: Asteraceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Rubiaceae e Sapindaceae. O índice de Shannon-Weaver (H\') expressa uma baixa diversidade para sementes, diferente do encontrado para plântulas e regenerantes. Os índices de similaridade estão abaixo de 0,5 para as três fitofisionomias, sendo os menores verificados para os regenerantes. As diferenças observadas para as áreas podem estar associadas às distâncias e diferenças nas condições edáficas, de relevo e grau de antropização. A Mata de Turfeira pode ser considerada uma área de transição entre a Mata de Encosta e o Campo Brejoso. A Mata de Encosta parece isolada floristicamente das demais, principalmente do Campo Brejoso, apresentando baixa diversidade de sementes e alta diversidade de plântulas e regenerantes. |