O lugar onde vivo: uma experiência de leitura, escrita e (re)construção de identidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: França, Samara Gabriela Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8162/tde-13062020-184339/
Resumo: Compreender a leitura e a escrita como instrumento de poder que dá voz e favorece o protagonismo crítico do indivíduo na sociedade é fundamental ao trabalho docente, sobretudo, aquele realizado nas escolas públicas. Este trabalho tem por objetivo discorrer sobre as contribuições do gênero memórias literárias para a melhoria da leitura e a escrita do aluno-autor, que produz e por suas produções são formados, de maneira dialógica, ideologicamente. Para tanto, apresentamos os resultados obtidos com uma pesquisa-ação realizada no curso de Mestrado Profissional em Rede Aberta- PROFLETRAS /USP. Aqui, narramos o caminho trilhado e realizamos a análise das atividades desenvolvidas no projeto de ensino, como também, de quatro produções finais, que pressupõem o aluno como protagonista no processo de ensino-aprendizagem. O aporte teórico baseia-se no conceito da pedagogia da autonomia postulado por Freire (1987/1996); na perspectiva da literatura como espaço subjetivo e de construção identitária, conforme Petit (2013); e nos elementos composicionais do gênero, segundo Bosi (1979/2003) e Marcuschi (2011). Além disso, apresentamos algumas contribuições teóricas de Candido (2004) para refletir sobre \"O direito à literatura\"; Bakthin (1997) e Voloshinov (1999), que subsidiam reflexões sobre as relações dialógicas e conceituam os gêneros discursivos. Vários outros autores, como Koch e Elias (2010), contribuíram para tecermos considerações acerca da leitura e da escrita. Por fim, Rojo (2006) subsidiou a análise do processo de letramento dos alunos envolvidos. Os resultados são bastante reveladores e apontam para a necessidade de novas perspectivas de leitura e escrita escolar, em que se respeite a subjetividade, a liberdade, a autonomia e a emancipação dos sujeitos envolvidos.