Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Dongo, Pamela Silvana Juárez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-07102016-112620/
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Resumo: |
O exame oftálmico, em aves, demanda conhecimentos sobre as particularidades do olho e de seus anexos, já que, por exemplo, a predominância de fibras musculares estriadas, na íris, impede a obtenção de midríase com fármacos convencionais, como parassimpatolíticos e simpatomiméticos. Objetivando-se estabelecer protocolo efetivo e seguro para a obtenção de midríase em duas espécies de papagaios do gênero Amazona, optou-se por utilizar a aplicação tópica do brometo de rocurônio (10 mg/ml), em ambos os olhos. Foram avaliados 12 papagaios-verdadeiros (Amazona aestiva) e 12 papagaios-do-mangue (Amazona amazônica), adultos, com sexo indeterminado, sadios e sem oftalmopatias, os quais foram submetidos a três protocolos com doses crescentes de rocurônio, aplicadas com pipeta: ROC1 (instilação única de 20 µl); ROC2 (instilação dupla de 20 µl, a cada 15 minutos) e ROC3 (instilação tripla de 20 µl, a cada 15 minutos). Presença ou não de resposta pupilar à luz (RPL) por estímulo direto com transiluminador de Finoff e mensuração do diâmetro pupilar com paquímetro digital foram verificadas antes (M0) e após os tratamentos, nos tempos de 15 (M15), 30 (M30), 45 (M45), 60 (M60), 120 (M120), 180 (M180), 240 (M240), 300 (M300) e 360 (M360) minutos, assim como após 24 horas (M24H). A ocorrência de sinais adversos locais e sistêmicos foi monitorada durante os períodos de avaliação. Quanto ao diâmetro pupilar, diferenças significativas (p<0,05) foram observadas comparando-se ROC1 com ROC2, em M45 e M60 e, em ROC1 com ROC3, de M15 a M60, nos papagaios-verdadeiros. Nos papagaios-do-mangue, diferenças foram observadas comparando-se ROC1 com ROC2 e ROC1 com ROC3, de M15 a M360. Em relação aos protocolos ROC2 com ROC3, diferenças estiveram presentes em M15, M30 e M120. RPL diminuída foi observada em 16,7% dos papagaios-verdadeiros e 25% dos papagaios-do-mangue, em ROC1; ausência foi manifesta por dois papagaios-verdadeiros (16,7%). Em ROC2, diminuição da intensidade da RPL ocorreu em 50% dos papagaios-verdadeiros e 25% dos papagaios-do-mangue; RPL foi ausente em um papagaio-verdadeiro (8,3%) e 25% dos papagaios-do-mangue. Em ROC3, verificou-se resposta pupilar atenuada em 25% dos papagaios-verdadeiros e dos papagaios-do-mangue; a mesma esteve ausente em dois papagaios-verdadeiros (16,7%) e 41,7% dos papagaios-do-mangue. Diferenças significativas quanto ao parâmetro, entre os três protocolos, não foram observadas nos papagaios-verdadeiros; já nos papagaios-do-mangue, ocorreram entre ROC1 e ROC3, de M15 a M120. Efeitos adversos locais não foram verificados e dentre os sistêmicos, constatou-se somente paralisia palpebral transitória em graus variáveis. Em ROC1, paralisia ocorreu em um papagaio-verdadeiro (8,3%); com ROC2, em 33,3% dos papagaios-verdadeiros e 16,7% dos papagaios-do-mangue e, em ROC3, em 50% dos papagaios-verdadeiros e 58,3% dos papagaios-do-mangue. Diferenças significativas (p<0,05) quanto à paralisia palpebral, não foram observadas entre ROC1 e ROC2, nos papagaios-verdadeiros, sendo identificadas em M15, à comparação de ROC1 com ROC3. Nos papagaios-do-mangue, ocorreram entre ROC1 e ROC3 e ROC2 e ROC3, em M15. Os resultados permitiram concluir que midríase superior e duradoura foi obtida nos protocolos ROC2 e ROC3, considerados mais efetivos e relativamente seguros mediante a ocorrência de efeitos colaterais brandos |