Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Stefoni, Simone Aparecida da França |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-09062025-161540/
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Resumo: |
O uso de cosméticos com a finalidade de alterar a cor, como a descoloração ou tintura capilar, ocorre com elevada frequência, principalmente no público feminino. O cabelo humano pertence a um grupo de proteínas denominadas α-queratinas, com elevado teor de pontes de dissulfeto (S-S), proporcionando ao cabelo elevada resistência ao ataque químico. A redução destas ligações causa mudanças nas propriedades mecânicas do fio, caracterizado por três principais componentes: cutículas, córtex e medula. A exposição da fibra capilar às condições externas, como: radiação solar (UV), vento, ar, poluição, rotinas diárias e/ou tratamentos cosméticos (incluindo alisantes, descolorantes e coloração capilar, entre outros) podem danificar a estrutura e, consequentemente, alterar as propriedades mecânicas e de superfície. Os raios UVB atuam na melanina e na queratina; os UVA produzem radicais livres ou Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) que podem causar danos na haste, como: perda proteica, alteração de cor e do brilho e redução da resistência mecânica. Os antioxidantes são amplamente explorados no combate ou redução dos radicais livres, principalmente nos cuidados com a pele e é interessante explorar seu potencial na haste capilar. Para este estudo foram utilizadas mechas de cabelos caucasinas descoloridos padronizados, sensibilizados por dano químico e possivelmente com alta concentração de radicais livres, envolvendo: Etapa 1, tratamento com coloração oxidativa cor vermelho intenso (6.66) aditivados com 1%p/p de ácido ferúlico ou 1% de resveratrol, ou sem aditivos. Etapa 2, todas as mechas foram coloridas de forma similar, sem aditivos e depois submetidas à aplicação de condicionador sem enxágue com 1%p/p de ácido ferúlico ou 1%p/p de resveratrol ou sem aditivo e posterior exposição à radiação solar simulada (SunTest®). Foram utilizadas técnicas, como: UVVis para medir a perda proteica; DSC (Diferential Scanning Calorimetry) a entalpia de degradação da fibra capilar; FTIR (Fourier-Tranformed InfraRed) o teor de cisteína gerada e cor pelo sistema L*ab* no espetrofotômetro. Os resultados demostraram uma boa efetividade dos antioxidantes ácido ferúlico e resveratrol, na proteção da fibra capilar em ambas etapas, quando diretamente no momento da mistura da coloração oxidativa em creme 6.66 com o peróxido de hidrogênio, não houve interferência na tonalidade final aplicada no cabelo, promoveu um incremento de até 35% da energia de desnaturação e promoveu menos perda de proteína do que o cabelo não tratado com o antioxidante, contudo não houve ação na proteção da cisteína impedindo sua oxidação para o ácido cisteico. Já na aplicação dos condicionadores para avaliar a proteção à exposição solar, os antioxidantes protegeram a cor do cabelo, mantiveram a mesma energia de degradação e a perda proteica em valores similares aos cabelos não expostos ao sol e com ofereceram uma proteção à cisteína, pois houve cerca de 50% menos oxidação para ácido cisteico do que os cabelos não expostos ao sol. Pode-se concluir que a adição dos antioxidantes, ácido ferúlico ou resveratrol em formulações cosméticas é efetiva para proteger os cabelos contra danos oxidativos, sejam causados por processos químicos ou pela ação do sol. |