Desenvolvimento de uma nova geração de produtos para alisamento capilar contendo diferentes associações de ingredientes ativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Martins, Celso Junior [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257263
http://lattes.cnpq.br/0870271831529614
Resumo: Há mais de três décadas a indústria cosmética mundial aponta o Brasil como precursor de novas técnicas e produtos para redução de volume e alisamento capilar. As últimas indicações de produtos para este fim são descendentes do uso irregular do formaldeído, do glutaraldeído e, mais recentemente, do ácido glioxílico e suas derivações. Estes últimos foram proibidos pela Resolução RDC 409/2020 da ANVISA, em decorrência de sua toxicidade. A busca por novas formulações e ativos alisantes e redutores de volume dos cabelos tem motivado investimentos pela indústria, prevendo um novo ciclo mercadológico marcado pela difusão de recentes pesquisas e muito conhecimento nesta área. Além disso, a literatura disponível sobre esse tema ainda é bastante escassa. Assim, este trabalho visou comparar diferentes componentes ativos para o desenvolvimento de uma nova geração de modificadores de formas e texturas dos cabelos, além da avaliação de dano capilar e eficácia alisante. Para tanto, dez grupos de mechas submetidas a diferentes tratamentos foram comparados (incluindo um grupo virgem e um descolorido, e duas versões com diferentes concentrações de ativos e diferentes faixas de pH dos produtos alisantes) por ensaios com imagens, de resistência mecânica, térmica, morfologia cuticular, brilho capilar e diâmetro da fibra. Os resultados obtidos permitiram destacar o desempenho dos Grupos G03 (tioglicolato de amônio 13,3%) e G09 (associação do tioglicolato de amônio com tioglicolato de sódio 2%), pelo maior potencial de alisamento destas preparações. Também se notou o bom desempenho dos Grupos G05 e G06 (tioglicolato de aminometil propanol, respectivamente a 12,5% e a 7,9%) quanto ao potencial de preservação da fibra capilar, acompanhado de mesmas concentrações poliméricas, comum a todos os Grupos, na emulsão carreadora, com faixa de pH mais baixa (entre 7,5 e 8,5) do que todas as demais versões propostas, quanto ao processo de modificação de formas e texturas dos cabelos. Isso permite destacar e priorizar o uso/aplicação destes ativos nas formulações idealmente para cabelos mais finos, menos resistentes, mais fragilizados e/ou já processados anteriormente por outros procedimentos. Por fim, os Grupos G07 e G08 (cisteamina de sódio a 5% e a 4% respectivamente) apresentaram particular capacidade de interferência no comportamento térmico dos cabelos, com eventos endotérmicos precoces, o que sugere maior conveniência do uso destas substâncias para modelagens e definição dos cabelos em processos de melhoria e correções da textura. Estes grupos também apresentaram bom ganho de diâmetro pós procedimento (apesar de sua faixa de pH entre 11,0 e 13,0), atribuível à influência da associação polimérica padrão aplicada na emulsão base e uma interferência mais externa (entre camadas de cutículas), conforme as imagens destacadas pela microscopia de fluorescência. A pesquisa possibilitou mostrar melhores formas de aplicação para cada substância nas concentrações e pH propostos, considerando mesma associação polimérica para todos os Grupos, capazes de controlar a cinética de liberação de cada ativo, assim como de promover a adesão de um revestimento polimérico para o ganho de diâmetro e o aumento da resistência à tração, com diminuição de quebra em máquina de ciclos térmicos.