A pesquisa (in)finita das coisas - Georges Perec e a arte do desimportante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Speranzini, Manlio de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-26032012-175238/
Resumo: Esta pesquisa trata de reconhecer e localizar na obra do escritor francês Georges Perec (1936-1982) o que instiga uma produção significativa ligada à Arte Contemporânea por meio do diálogo com três artistas: Arman, Joe Brainard e Édouard Levé. A parte da sua obra que interessa à pesquisa é aquela fixada no real, no espaço, nos lugares, nos rituais e procedimentos repetitivos, no cotidiano e nas coisas materiais que constroem um mundo de desimportâncias um mundo comum que serve de pano de fundo às ações diárias do banal urbano. A pesquisa está dividida em três capítulos, cada um deles centrado numa maneira particular de agrupar as coisas: no primeiro, dedicado à acumulação, procura-se diferenciar a coisa do objeto e identificar como os valores da sociedade de consumo se apresentam nas obras de Perec e de Arman; no segundo, dedicado à coleção, o interesse são as coisas comuns, o cotidiano indistinto, e a formulação de regras que ajudam Perec e Joe Brainard a compor um sentido para seus fragmentos de lembranças; já no terceiro e último capítulo, é o arquivo que guarda documentos, resultado de projetos de seus criadores, que vai permitir a Perec e a Édouard Levé encararem seus não-lugares para revelar o que acontece quando não acontece nada.