Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cavalari, Tatiana Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-06112019-185051/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é refletir sobre algumas obras criadas a partir da influência de um projeto autobiográfico central do escritor Georges Perec, intitulado Lieux. Trata-se de um projeto que começou no início de 1969 e ficou inacabado, segundo a maioria dos críticos perecquianos (sobretudo o especialista Philippe Lejeune, em sua obra La mémoire et l\'oblique, de 1991). Nossa análise tenta desfazer a ideia de abandono do projeto, pensando mais na sua transformação em outros modos de expressão artística. Durante doze anos, Perec desejava visitar doze lugares e descrevê-los a partir de um processo de escrita duplo: a primeira série descrita no próprio lugar, realizando anotações do que via e, uma segunda, a partir de suas memórias em relação a esses lugares. Todavia, durante o projeto, as descrições diminuem e os lugares observados passam a servir de inspiração para a criação de outros projetos autobiográficos, partindo da ideia do projeto original. Todos esses outros projetos surgem a partir de Lieux e do envelhecimento da sua própria memória, observando e descrevendo os lugares, mas também transformando-os em imagens, registros sonoros, poesia, fotografia, entre outros. Perec cria, então, uma autobiografia oblíqua, a partir da observação do outro: seja no momento em que observa o infraordinário nas ruas de Paris, seja no momento em que cria um filme sobre sua infância (é o caso de Les lieux dune fugue, por exemplo, que não utiliza nenhum personagem como protagonista, nem mostra sua imagem), ou seja, ele cria histórias autobiográficas a partir do olhar do outro, uma espécie de autobiografia em terceira pessoa, em uma espécie de escrita capaz de representar a inquietude de Perec para falar de si mesmo. |