Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lefèvre-Vigneron, Constança |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-30012018-192526/
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Resumo: |
Esta pesquisa apresenta as reflexões desenvolvidas sobre alguns fatores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do francês língua estrangeira (FLE). Servindo-nos da gastronomia, aspecto icônico da cultura francesa, e do seu campo lexical específico, buscamos provocar o encontro do aprendiz, por meio de sua história pessoal e de sua subjetividade, com a cultura e a língua do outro, alvo do seu aprendizado. Nossa hipótese é que as emoções positivas suscitadas pelo tema escolhido podem ser buscadas na memória para influir no resultado da aprendizagem. Nesse processo, a memória desempenha papel fundamental, tanto como fonte dessas emoções como no registro do conteúdo a ser aprendido e no seu resgate. Para analisar essa hipótese, foi realizada uma experiência baseada nos princípios da pesquisa-ação com um grupo de estudantes universitários em início de aprendizagem. A partir de um reality-show de culinária da televisão francesa, desenvolvemos e ministramos um minicurso onde os aprendizes foram levados a produzir um depoimento pessoal, em forma de filme, para falar de um doce apreciado em suas famílias. Além do filme, eles desenvolveram um léxico colaborativo no campo específico da gastronomia. Do ponto de vista teórico, nos baseamos, para as questões referentes ao papel das emoções, nos trabalhos de Freire (1996), Hubert (2006), Isen (1987), Krashen (1987), Mastrella (2011) e Revuz (1998); para abordar o papel cultural e a função de discurso da gastronomia, nos estudos de Amon (2008), Dória (2014, 2015) e Ory (1998, 2013), e, no que diz respeito ao ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira e de seu léxico, em Klein (1989), Leffa (2000), Pietraroia (2000, 2001, 2013) e Zucchi (2010). Como a memória perpassa essas questões e aparece em todos os temas abordados, além dos autores já citados, utilizamos a obra dos irmãos Tadié (1999) como referência. A pesquisa teve como objetos de análise as produções realizadas pelos participantes, e um questionário e uma entrevista feitos após o curso em dois momentos distantes em onze meses. A análise do material coletado mostra um ganho importante de autonomia, um bom domínio do vocabulário e um funcionamento eficiente da memória, o que provocou um aumento da autoconfiança dos aprendizes e, consequentemente, um desenvolvimento positivo de suas produções. |