Passado e modernidade no Maranhão pelas lentes de Gaudêncio Cunha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, José Reinaldo Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-05072009-235631/
Resumo: Passado e modernidade no Maranhão pelas lentes de Gaudêncio Cunha interpreta as fotografias que formam o Album do Maranhão em 1908, documento encomendado ao fotógrafo Gaudêncio Cunha pelo Governo do Maranhão para representar o Estado na Exposição Nacional realizada no Rio de Janeiro em 1908. O interesse dessa pesquisa é saber que finalidades conduziram Cunha na elaboração do Álbum e quais foram os critérios utilizados por ele na seleção das imagens. No álbum, elementos da modernidade vigentes no Maranhão da Primeira República são situados dentro de um cenário urbano que remonta ao final do século XVIII e início do século XIX. Gaudêncio Cunha ajustou o que era considerado moderno na passagem do século XIX para o século XX à soberba paisagem urbana de São Luís remanescente do Império e da Colônia. Essa composição de aparência harmônica, ele envolveu em um ambiente de mata exuberante. Seu intuito assemelha-se ao desejo de apresentar uma civilidade de perfil europeu, erguida em um ambiente tropical, muito próximo da imagem de Brasil criada no tempo do Império de Dom Pedro II, no século XIX. Interessava a Gaudêncio Cunha e seu cliente amenizar algumas imagens do passado, sendo as ruas estreitas de São Luís uma das mais incômodas. No que se considerava moderno dentro da nascente República Brasileira estava o estilo urbanístico que privilegiava largas avenidas com bulevares, no estilo francês, que contrastava com as ruas estreitas da capital maranhense. A pesquisa contextualiza o álbum de 1908 e seu autor na história da fotografia. Apresenta um levantamento sobre os fotógrafos que trabalharam no Maranhão entre 1846 até o início do século XX, com destaque para a história de vida de Gaudêncio Cunha e a participação maranhense na Exposição do Rio de Janeiro. Na última etapa, é feita uma interpretação de fotografias constitutivas do álbum de 1908, com base, sobretudo, na metodologia criada pelo historiador Boris Kossoy e na contribuição teórico-metodológica de Jacques Le Goff e de outros historiadores, a maioria vinculada às várias fases da Escola dos Annales.