Instrumentos para avaliação clínica do uso problemático de jogos eletrônicos da população pediátrica: uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Bruno Roberto Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17165/tde-03022023-114914/
Resumo: Introdução: Desde 2007 o grupo encarregado por lançar a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) identificou mais de 250 estudos apontando para uma provável nova entidade nosológica, o Transtorno de Jogos pela Internet, tanto em crianças, como em adolescente e adultos. Desde então há um esforço global no sentido de validar os critérios propostos, através de estudos epidemiológicos e elaboração de escalas voltadas a identificação deste constructo. Objetivo: Revisar a existência de escalas validadas no mundo e no Brasil para rastreio do Transtorno de Jogos pela Internet, no sentido de divulgá-las e auxiliar na força-tarefa de validação do constructo diagnóstico. Método: Foi realizada revisão de escopo com busca nas bases de dados Scielo, Lilacs, Medline e Pubmed. Foram inclusos apenas estudos publicados em inglês e português, que abordassem especificamente escalas já validadas ao redor do mundo para uso em menores de 18 anos, e que fossem baseadas nos critérios propostos pelo DSM-V, lançado em 2014. Foram excluídos estudos publicados antes de 2014 e que descrevessem escalas baseadas em outros critérios. Resultados: Foram identificados 5774 estudos, analisados independentemente por dois revisores (Bruno Roberto Duarte Silva e João Mazzoncini de Azevedo Marques), que resultaram no achado de apenas 05 trabalhos considerados aceitáveis. Os resultados foram então tabulados, discutidos, e um deles apresentou uma escala considerada válida para a aplicação em maiores de 15 anos no Brasil. Conclusão: Concluímos que há um estudo contendo uma escala considerada apta para avaliação do Transtorno de Jogos pela Internet em maiores de 15 anos no Brasil, a IGDS-9SF, porém nenhum dos estudos encontrados se apresentou livre de viéses importantes, apontando para a necessidade de elaboração de estudos posteriores no sentido de ampliar o uso das escalas em subpopulações mais diversas e em idades menores que 15 anos. Ressaltou-se também que, apesar do grande volume inicial de estudos encontrados, o conceito do transtorno ainda carece de mais estudos e maior validação ao redor do mundo, motivo pelo qual sugerimos o fomento ao seguimento de pesquisas relacionadas a este tema.