\"Estágios de mudança de comportamento e sua relação com o consumo alimentar de adolescentes\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Toral, Natacha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-10052006-160248/
Resumo: Introdução: Durante o processo de modificação de comportamentos de saúde, os indivíduos passam por diferentes fases, denominadas estágios de mudança de comportamento. O desenvolvimento de intervenções nutricionais específicas para cada estágio pode contribuir para a adoção de práticas alimentares saudáveis na adolescência. Objetivo: avaliar os estágios de mudança de comportamento e verificar sua relação com o consumo alimentar de adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal com adolescentes de escolas públicas de Piracicaba. Foram coletados dados demográficos, antropométricos, de maturação sexual e de consumo alimentar (questionário de freqüência). Realizou-se uma avaliação da percepção alimentar, por meio da comparação entre o consumo alimentar e a classificação individual do aspecto saudável da dieta. Os participantes foram classificados nos estágios de mudança de comportamento (pré-contemplação, contemplação, decisão, ação e manutenção) por meio de algoritmo específico. Resultados: Foram avaliados 390 adolescentes: média de idade de 12,4 anos, 46,4% meninos, 78,7% púberes e 21,1% com excesso de peso. Observou-se consumo médio de 3645kcal, sendo que 36,7% da amostra apresentou alto teor de lipídios na dieta. O consumo médio de frutas, hortaliças e doces foi de 2,3, 2,4 e 4,5 porções diárias, respectivamente. Mais de 44% dos adolescentes mostrou percepção errônea da dieta e não manifestou motivação para modificá-la. Cerca de 40% da amostra foi classificada no estágio de manutenção. Observou-se relação significativa entre os estágios de mudança e o consumo alimentar. Foi realizada uma reclassificação dos adolescentes nos estágios de mudança para identificar indivíduos com características semelhantes segundo o consumo e a percepção alimentares. Conclusão: A classificação dos adolescentes nos estágios de mudança, em associação com os dados de consumo e percepção alimentares, permitiram a identificação de grupos de risco por suas práticas alimentares inadequadas e pelo não-reconhecimento destas. Destaca-se a necessidade do desenvolvimento de intervenções nutricionais futuras direcionadas à população estudada.