Influência da disponibilidade de água no desenvolvimento de plantas de capim-marandu e milho: cultivo solteiro e consorciado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Araujo, Leandro Coelho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-14052008-105918/
Resumo: O projeto foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP) no ano de 2007. A primeira etapa consistiu de um experimento em casa-de-vegetação avaliando-se o desenvolvimento da Brachiaria brizantha cv. Marandu sob déficit hídrico durante o período de estabelecimento. Os tratamentos foram representados pela suspensão da irrigação em diferentes épocas do estabelecimento (semeadura, germinação e inicio do perfilhamento) até que o solo apresentasse teor de água equivalente a 75, 50 e 25% da umidade na capacidade de campo (%Ucc), além da testemunha que sem restrição hídrica. As avaliações de número de perfilhos surgidos por vaso, folhas verdes por perfilho e altura de planta foram realizadas semanalmente, iniciando-se quando 50% das plantas emitiram os perfilhos primários, até a quinta avaliação. Uma coleta de biomassa foi realizada aproximadamente 30 dias após o término do último tratamento, fracionado-a em colmos, folhas, material senescente e raízes, período em que o solo foi mantido próximo da Ucc. A segunda etapa foi representada por um experimento, tendo por objetivo avaliar o desenvolvimento e as características produtivas do capim-marandu em cultivo solteiro e consorciado com o milho (Zea mays L.) e do milho em consórcio com o capim-marandu, sob déficit hídrico em estádios críticos. O experimento foi realizado em campo durante o período de 04/04 a 16/09/2007, utilizando-se um delineamento em blocos completos com esquema em parcelas sub-divididas e três repetições. Nas parcelas foram alocados os tratamentos de déficit hídrico e nas sub-parcelas o tipo de cultivo (solteiro ou consorciado). A irrigação foi suspensa em dois estádios de desenvolvimento do capim-marandu (geminação e perfilhamento) e do milho (V4 e V15) e retornada quando o teor de água no solo apresentava umidade equivalente a 25% da capacidade de armazenamento de água (CAD). A densidade populacional de perfilhos e a altura de plantas de capimmarandu foram avaliadas semanalmente. A massa seca da parte aérea e a área foliar do capim-marandu e do milho foram determinados no momento do pendoamento do milho. Além disso, a massa seca e a área foliar do capim-marandu e os componentes da produção do milho foram avaliados no momento da coleta de grãos. Os resultados demonstraram que o déficit hídrico, em plantas cultivadas em vaso, suficiente para que o teor de água no solo apresentasse 25%Ucc, reduziu o perfilhamento primário das plantas assim como a produção de biomassa, independentemente do estádio em que a irrigação foi suspensa. Porém, quando o déficit foi realizado em condições de campo, observou-se apenas uma redução no perfilhamento inicial da plantas, não afetando a produção de massa seca quando houve um período de recuperação mínimo de 75 dias. A densidade populacional de perfilhos e a massa seca de parte aérea do capimmarandu foi menor no cultivo consorciado. A produtividade do milho não foi influenciada pelos déficits hídricos, indicando que o nível de 25%Ucc não foi suficiente para provocar estresse severo às plantas de milho nas condições experimentais avaliadas.