Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bellon, Ualisson Donardelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14132/tde-29042021-120248/
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Resumo: |
O Orógeno Araçuaí (AO) faz parte de um dos sistemas de orogenias Neoprotezóicas do Brasiliano que edificam o Gondwana. Sua fase final é marcada pela intrusão de plutons pós-colisionais formados pelo colapso-extensional do corpo orogênico. Estes corpos são excelentes candidatos para se estudar o estado de esforços no AO durante sua intrusão e, por serem gerados pelo último evento termotectônico relevante desde a consolidação do Gondwana nesta região, são ótimos alvos para estudos paleomagnéticos. O pluton Venda Nova (Sul do Espírito Santo, BR) consiste numa intrusão elíptica composta, basicamente, por um núcleo gabróico e um envelope sienomonzonítico bordejado a oeste por um estreito anel charnockítico, que intrude rochas orto e paraderivadas sin-colisionais do AO. Apesar de interpretado como um corpo pós-colisional, o mesmo não possui dados estruturais decisivos e datação geocronológica. O objetivo deste trabalho é caracterizar o pluton Venda Nova quanto a sua trama magnética, interpretando-a em função de seu alojamento e do estado de esforços no Orógeno, além de gerar um polo paleomagnético de qualidade que reflita a posição do Gondwana no final do Cambriano. Para isso, usufruiu-se de uma robusta caraterização magnética com curvas termomagnéticas, histereses magnéticas, magnetização remanente isotermal (IRM) e curvas reversas de primeira ordem (FORCs First Order Reversal Curves). Os dados obtidos apontam para uma distribuição de fases magnéticas, na maioria composta por magnetitas multidomínio. A investigação da lineação e foliação magnética foi efetuada por meio da análise de anisotropia de suscetibilidade magnética (ASM) e anisotropia de magnetização remanente anisterética (AARM). Os dados mostram um padrão majoritariamente concêntrico com maiores mergulhos da foliação nas bordas e lineações mais horizontalizadas na porção central do corpo indicando que forças gravitacionais dominavam o estado de esforços durante sua intrusão. As desmagnetizações a campos alternados (AF Alternating Field) e mista (AF até 10 mT seguido de térmica) foram eficientes para isolar a magnetização remanente característica das amostras (ChRM) sendo que, o tratamento misto indicou a presença de uma estreita faixa de temperaturas de bloqueio, com queda em torno de 560°C, indicando que magnetitas de domínio PSD/SD devem portar a magnetização estável das rochas do Venda Nova. O polo paleomagnético gerado por 198 amostras distribuídas em 22 sítios, localizado em 330,5°E; 3,2°N e (A95 = 3.80°), pode ser estatisticamente explicado pelo registro completo da variação paleosecular. Sua posição em comparação com curvas de deriva polar aparente do Gondwana insere-se próximo de polos com intervalo entre 510 Ma e 500 Ma, sendo essas idades coerentes com o período pós-colisional do Orógeno Araçuaí. |