Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Ledesma Delgado, Ma. Elena |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-25032008-164942/
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Resumo: |
Este estudo de natureza qualitativa teve como objetivo compreender os significados atribuídos ao processo de enfermagem por enfermeiras da unidade clínica num hospital do México. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com 16 enfermeiras, complementada com observação de sua atuação num período de trabalho, nos diferentes turnos, e consulta documental. Os dados foram analisados tendo como referenciais teórico e metodológico o Interacionismo Simbólico e a Teoria Fundamentada nos Dados, que possibilitaram a construção de categorias, subcategorias e suas inter-relações, utilizando o paradigma de codificação de Strauss e Corbin (2002). A comparação constante dos dados resultou na categoria central \"o processo de enfermagem no contexto hospitalar: entre o fazer rotineiro e o pensar idealizado\", que permitiu compreender o significado atribuído pelas enfermeiras ao processo de enfermagem na sua prática cotidiana assistencial, explicitado nas concepções, idealizações e ações de cuidado rotineiro, despercebido, aplicado de forma diferente ao aprendido na escola, e seguindo protocolos de atenção estabelecidos, como base de seu trabalho, uma maneira de fazer os cuidados e ajudar os pacientes a solucionar seus desconfortos, instrumento e metodologia que lhes permite direcionar suas atividades e assumir a prática profissional autônoma. O processo de enfermagem se mostra como dissociação entre o pensar e fazer, indicando haver distanciamento entre a teoria e a prática. As ações de cuidado das enfermeiras estão orientadas, principalmente, à realização de procedimentos, conforme rotinas e protocolos de atenção. Estas ações consistem em: recepção e entrega de turno, administração de medicamentos, mensuração de sinais vitais, registros clínicos de enfermagem e encaminhamento de pacientes, visando a dar conta da investigação de suas necessidades, planejamento e realização das ações, na perspectiva do cuidado individualizado e uso do processo de enfermagem. Nesse espaço de tomada de decisões, o enfermeiro estabelece relacionamento humanizado refletido na sua satisfação pelo cuidado realizado, evidenciando sua capacidade de lidar com as condições contextuais em que há delimitação de funções, sobrecarga de trabalho, bem como, costumes, crenças e valores pessoais e profissionais, expressos como limitantes na utilização do processo de enfermagem. Com este estudo foi possível compreender o processo social em que as enfermeiras atribuem significados ao processo de enfermagem no contexto hospitalar, captando a intersubjetividade de suas experiências e a participação ativa na construção de uma prática de enfermagem diferente, firmando a proximidade humana nas múltiplas interações do cotidiano hospitalar. Esta proximidade pode vir a ser resgatada e potencializada como objeto sensibilizador de uma prática que questione o caráter instrumental da rotina, avançando na perspectiva do cuidado humanizado. |