Medidas de infestação vetorial e incidência de dengue na região Sul do estado de Minas Gerais, 2007 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Geane Aparecida de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6142/tde-14112018-101659/
Resumo: Introdução: a dengue é uma arbovirose de curso agudo causada por quatro diferentes sorotipos de um vírus RNA, e tem como vetor, no Brasil, o Ae. aegypti. A frequência de casos dessa doença no estado de Minas Gerais comporta-se de maneira semelhante à do país. A região Sul deste estado apresenta mudança no perfil epidemiológico do agravo, ao longo do período entre 2007 e 2015, no qual registrou taxas de incidência baixas a muito elevadas, com cenários epidêmicos. Tais alterações podem se mostrar associadas aos indicadores de infestação vetorial. Objetivos: o objetivo deste estudo foi descrever a distribuição de casos de dengue, segundo variáveis sociodemográficas, e seu comportamento, bem como estimar uma associação entre as medidas de infestação vetorial e a incidência de dengue. Método: realizou-se um estudo ecológico envolvendo os 154 municípios da região Sul de Minas Gerais, durante o período de 2007 a 2015. Foram realizadas análises descritivas e analíticas, sendo as últimas, a fim de avaliar a associação entre os indicadores de infestação e as taxas de incidência. Para estimar estas associações utilizou-se a regressão binomial negativa multinível, considerando as observações por município e por ano como unidades de análise, e o município como unidade de agregação. Resultados: observou-se predomínio de indivíduos do sexo feminino e de pacientes de raça branca reportada, dentre os casos de dengue registrados. A idade esteve positivamente associada ao risco de ocorrência de dengue até os 25 anos, e nas faixas posteriores se observou queda progressiva no número de casos. A maior parte dos indicadores de infestação esteve associada positivamente com as taxas de incidência de dengue, tais como, os Índices de Infestação Predial e Índice de Breteau mínimos. Limitações: o presente estudo teve como fonte de informação, dados secundários do serviço público de saúde, susceptíveis a inconsistências. Conclusão: verificou-se o comportamento da incidência da dengue em relação às variáveis demográficas, bem como a associação positiva entre indicadores de infestação vetorial e a incidência de dengue. Este estudo pode contribuir para melhor compreensão do perfil epidemiológico da transmissão de dengue nesta região e em outras com características semelhantes.