Escherichia coli produtora de toxina de Shiga em vegetais orgânicos cultivados na região metropolitana de SP, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Batalha, Erika Yamada
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-09112015-160449/
Resumo: Escherichia coli produtora de toxina Shiga (STEC) está entre os patógenos envolvidos em surtos de doenças transmitidas por alimentos devido ao consumo de vegetais. No entanto, até agora, os relatos sobre a presença de STEC em vegetais no Brasil são escassos. Esse microrganismo é veiculado por alimentos, contaminados direta ou indiretamente por fezes animais, sendo responsável por um amplo espectro de doenças que compreende desde diarréia leve que pode evoluir para colite hemorrágica (CH), até síndrome hemolítico-urêmica (SHU) e púrpura trombocitopênica trombótica (PTT). O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de STEC em vegetais orgânicos cultivados na região metropolitana da cidade de São Paulo, Brasil, caracterizando os fatores de virulência stx1, stx2, eae e ehx, bem como o sorotipo. Um total de 200 amostras de vegetais orgânicos (folhas verdes), obtido a partir de três produtores foi analisado quanto à presença de cepas de STEC. Caldo triptona de soja (TSB) suplementado com vancomicina (8 mg / L), cefixima (50 µg / L) e telurito de potássio (2,5 mg / L) foi utilizado na etapa de pré-enriquecimento, com incubação a 37ºC / 24 h, seguido por semeadura em MacConkey Sorbitol (SMAC) e CHROMagar STEC (CHROM). Após incubação a 37ºC / 24 h, as colônias suspeitas foram confirmadas por testes bioquímicos e submetidas a PCR objetivando a detecção dos genes de virulência stx1, stx2, eae, ehx, e os genes fliCH7 e rfbO157. Entre as 200 amostras de vegetais orgânicos analisadas, 30 (15%) foram positivas para E. coli, mas nenhum isolado apresentou os genes de virulência pesquisados. Nossos resultados indicam baixo risco de infecção devido ao consumo destes produtos frescos em São Paulo, Brasil. No entanto, são necessárias mais pesquisas, abrangendo um maior número de amostras e área pesquisada, uma vez que este patógeno já foi encontrado no meio ambiente em estudos anteriores e poucas pesquisas investigaram a presença de STEC em vegetais no Brasil.