Diagnóstico laboratorial da intoxicação aguda por cocaína: Aspecto forense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Chasin, Alice Aparecida da Matta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9137/tde-14032023-163641/
Resumo: A cocaína é um potente estimulante do sistema nervoso central-SNC e por esse motivo é utilizada como fármaco de abuso. As propriedades de reforço que ela propicia geram o alto potencial de abuso e dependência com a possibilidade de ocorrência de intoxicação aguda e letal por overdose. Problemas pertinentes à rápida e completa biotransformação e possibilidade de hidrólise espontânea e enzimática in vitro, fazem com que a medição precisa da cocaína em material biológico, importante no diagnóstico laboratorial da intoxicação, represente um problema analítico ao toxicologista forense Com a finalidade de fornecer subsídios para a identificação inequívoca e quantificação dos níveis sangüíneos compatíveis com a intoxicação aguda, foram padronizados métodos para identificação de cocaína e benzoilecgonina em urina e cocaína em sangue com a utilização da cromatografia em camada delgada. A quantificação da cocaína em sangue foi padronizada utilizando-se cromatografia em fase gasosa, com uso de detector por ionização em chama e coluna capilar DB1. A otimização apropriada do processo de extração e a eficiência da técnica de detecção, após condicionamento adequado das condições cromatográficas, prop1c1aram determinação de quantidades absolutamente compatíveis com a faixa normalmente relacionada com a intoxicação aguda. A metodologia proposta foi conveniente para determinação de concentrações sangüíneas de cocaína acima de 0,5 µg/mL, faixa onde geralmente situam-se os valores relativos à intoxicação por overdose. Os resultados obtidos nas análises de amostras de urina e sangue, provenientes de necrópsias, onde os históricos de óbito referiram a ocorrência de intoxicação por overdose, validaram a metodologia padronizada. Por fim dados relativos à toxicocinética e toxicodinâmica da cocaína foram abordados no sentido de propiciar a interpretação dos resultados obtidos.