Relação terapêutica: uma análise dos comportamentos de terapeuta e cliente em sessões iniciais de terapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Fernandes, Fabiana Aparecida Dutra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-05122012-151034/
Resumo: Tendo, em vista, a importância da relação terapeuta-cliente na psicoterapia, o presente trabalho se propôs a identificar, empiricamente, a ocorrência de comportamentos de uma terapeuta e da sua cliente em sessões iniciais de psicoterapia, filmadas em vídeo e analisar os possíveis efeitos desses comportamentos no estabelecimento da relação terapêutica. Foram categorizados os comportamentos verbais vocais e verbais não vocais da terapeuta e da cliente em cinco sessões iniciais de terapia através do método observacional de gravações audiovisuais. Essas gravações foram realizadas no Laboratório de Terapia Comportamental do Instituto de Psicologia Clínica da Universidade de São Paulo. Os comportamentos da terapeuta e da cliente foram categorizados de acordo com o Sistema Multidimensional para a Categorização de Comportamentos na interação terapeuta-cliente (SMCCIT). Além desse instrumento, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a relação terapêutica e, também, sobre os relatos de pesquisas de categorização de sessões de terapia com a finalidade de auxiliar na identificação de comportamentos da terapeuta, favorecedores da relação terapêutica. Os resultados das categorizações indicam que as categorias mais frequentes do comportamento verbal vocal da terapeuta são: Facilitação (FAC: 31,2%), Empatia (EMP: 24,1%) e Solicitação de Relato (SRE: 18,4%). Já, no que se refere às categorias do comportamento verbal vocal da cliente, houve uma prevalência das categorias Relato (REL: 61,1 %), Concordância (COM: 21,9%) e Relações (CER: 8,1%). Em relação às categorias dos comportamentos verbais não vocais, houve uma prevalência de Concordância para ambos. Porém, para a terapeuta, essa categoria teve uma ocorrência maior. Essa categorização dos comportamentos da terapeuta e da cliente é uma contribuição para a evolução de pesquisas empíricas no contexto terapêutico e para uma melhor compreensão das consequências desses comportamentos para a eficácia da terapia. Portanto, de maneira geral, houve congruência entre os padrões encontrados da relação terapêutica nas cinco sessões e as descrições da literatura da área sobre o assunto. Porém, foi possível perceber, através da observação das sessões, que existem outros comportamentos da terapeuta e da cliente, apontados pela literatura como favoráveis para o estabelecimento da relação terapêutica além daqueles possíveis de identificação pelo SMCCIT. Esses comportamentos estão relacionados as características da terapeuta e da cliente. Por fim, sugere-se a criação de novas categorias que possibilitem investigações relacionadas a esses aspectos dos comportamentos da terapeuta e da cliente, envolvidos com o estabelecimento da relação terapêutica