Intimidade no relacionamento terapeuta-cliente: alcances e limites
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/1970 |
Resumo: | Na literatura concernente ao relacionamento terapêutico há considerações importantes sobre o papel central da intimidade, apesar de não serem investigados os determinantes dos comportamentos íntimos dos terapeutas. Buscou-se investigar nessa pesquisa a ocorrência, na sessão, de perguntas ou colocações dos clientes que levam o terapeuta a falar de particularidades de sua vida, o efeito que elas têm sobre o terapeuta e a relação terapêutica, o que controla o comportamento do terapeuta de responder a essas questões (se é considerada a relevância clínica), possíveis reações (espontâneas ou planejadas) que podem reforçar ou enfraquecer esses comportamentos, enfim, possibilidades de manejo e atuação clínica diante do fenômeno intimidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de caráter exploratório cuja coleta de dados se deu através de entrevistas semi-estruturadas, feitas com oito terapeutas comportamentais. Para efeito de análise, as entrevistas foram gravadas e depois transcritas. Os dados foram analisados segundo os princípios da Grounded Theory. Os resultados encontrados demonstraram que os terapeutas comportamentais têm seus estilos próprios de prevenir, manejar e aproveitar situações que envolvem intimidade no relacionamento com o cliente e, no geral, os terapeutas que falam sobre aspectos da sua vida (emitem comportamentos íntimos) o fazem com intenção terapêutica. Verificou-se que a intimidade pode tornar a relação mais intensa, mas é a consciência do terapeuta das variáveis envolvidas no processo que converte o que ocorre entre ele e o cliente numa intervenção. Observa-se coerência entre o que é proposto pelos modelos de terapia apresentados - Psicoterapia Analítica Funcional (FAP) e Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR) - e o que os terapeutas entrevistados na sua prática clínica fazem. Porém, não se pode negar a influência direta de outras variáveis, como características pessoais do terapeuta. A atuação do profissional está estreitamente ligada com seu estilo. Estes resultados apontam para a importância de se analisar repertórios pessoais e profissionais do clínico no estudo do relacionamento terapêutico. |