Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Liesenberg, Cíntia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-16052019-165919/
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Resumo: |
A pesquisa volta-se para representações e discursos sobre velhice e envelhecimento que circulam nas mídias atualmente. Apoia-se na relevância social da temática, que se coloca como questão pública fundamental de nossos tempos. A partir da exposição de um panorama que inscreve a velhice como objeto de saber em apropriação por diferentes campos e aponta para a multiplicidade de enfoques e formas de expressão da temática, busca compreender como tais representações e discursos se colocam como coordenadas de vida para os sujeitos. Para tanto, analisa publicações compartilhadas pela página do Portal do Envelhecimento, alocada na plataforma Facebook. Mais especificamente matérias jornalísticas do gênero perfil, oriundas de diversas fontes. O estudo tem aporte nas Ciências da Linguagem e em fundamentos de autores como Gilles Deleuze e Félix Guattari, como também Michel Foucault. Esses contribuem para pensar as palavras de ordem presentes nos discursos em torno da velhice e do envelhecimento em circulação nas mídias, tomando como pressuposto que tais palavras condicionam nossa apreensão de mundo. A metodologia é desenvolvida com base em princípios da Análise de Discurso de linha francesa, com autores como Michel Pêuchex, Eni Orlandi e Dominique Maingueneau. Nesse cenário, propõem-se parâmetros de análise que visam identificar as posições assumidas pelos sujeitos nesses discuros, a partir da sua apreensão por quatro eixos princiais: velhices anônimas, figuras públicas, velhices lgbti e centenárias. Cada qual apresenta cenas próprias, contribuindo para a composição de um mapa diversificado. Como resultado final temos uma cobertura da temática sob forte influência do discurso do envelhecimento ativo. Ficam de fora, no entanto, velhices que não se enquadram nessa tomada. Nos deparamos então com um panorama que, se de um lado apresenta uma multiplicidade de novas formas de engajamento e experiências da velhice em nossos dias, repõe nas mídias a face da exclusão de uma categoria cuja realidade pede visibilidade para maior respeito, menos estigma, maior atenção e dignidade. |