Mobilização atencional e movimentos oculares como instrumentos de investigação e avaliação do processo ensino-aprendizagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Stávale, Leila Miguel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28052021-133241/
Resumo: A aprendizagem é um processo de aquisição do conhecimento sobre os eventos do mundo, decorrentes da experiência individual. Várias evidências têm demonstrado a possibilidade de se utilizar o direcionamento do olhar para analisar o processo ensino-aprendizagem. As técnicas de rastreamento de movimentos oculares têm sido utilizadas no estudo da leitura e da compreensão de figuras e, nos últimos anos, passou a ser utilizado em situações reais de ensino. O presente trabalho teve a intenção de investigar a participação da alocação atencional e de movimentos oculares no processo ensino-aprendizagem. Para isso, registramos o comportamento visual de 52 alunos de graduação durante vídeo aula ministrada com o auxílio de slides. A aprendizagem sobre o tema foi avaliada por questionário pré e pós-aula. Além da análise descritiva do rastreamento da atenção visual detectado Eye Tracker, para três áreas de interesse - professor, imagem e texto - organizadas em diferentes áreas temáticas de slides, analisamos as relações entre o número e duração das fixações e visitas do olhar dos alunos com o seu desempenho no questionário pós-aula. A análise de Modelos Lineares Misto demonstrou significante interação área temática*área de interesse para média da duração da fixação (P < 0,001, F660;11 = 18,6), média do número de fixações (P < 0,001, F653;11 = 127,4), média da duração da visita (P < 0,001, F654;11 = 69,7) e média do número de visitas (P < 0,001, F654;11 = 88,8), além de significante interação área de interesse*momento da aula para duração da fixação (P = 0,03, F345;3 = 3,0), número de fixações (P < 0,001, F313;3 = 39,5), duração da visita (P < 0,001, F318;3 = 9,7) e número de visitas (P < 0,001, F302;3 = 38,9). Não houve diferenças em relação aos erros e acertos das questões sobre aprendizado. Embora a análise dos dados tenha colocado o professor seguido da imagem como os elementos mais atendidos ao longo da aula, não foi possível identificar um padrão de comportamento ocular que favorecesse os processos cognitivos envolvidos com a aprendizagem, no modelo aqui proposto. Tomados em conjunto, os resultados do presente trabalho apresentam resultados exploratórios sobre o comportamento ocular que podem direcionar importantes questões metodológicas para futuros trabalhos, como também traz novos questionamentos sobre a importância da interação entre os diversos elementos que compõem uma aula