Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Silva, Luiz Artur Clemente da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20200111-125759/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como principal objetivo verificar a contribuição dos fatores de produção na agropecuária brasileira, em 1975, 1980 e 1985, através de funções de produção tipos Cobb-Douglas e Ulveling-Fletcher. Especificamente, estimaram-se funções de produção para a agropecuária brasileira, como um todo, e para quatro regiões. Os dados básicos constam dos Censos Agropecuários de 1975, 1980 e 1985, dos Censos Demográficos de 1970 e 1980, e de tabulações especiais do Censo Agropecuário de 1985. As funções de produção foram ajustadas a dados de 300 microrregiões homogêneas (MRH) que compõem as regiões Nordeste, Sudeste (exclusive São Paulo), São Paulo e a região Sul. A variável dependente usada nos ajustamentos foi o valor bruto da produção (VP) em cada MRH, e como variáveis explanatórias, mão-de-obra (EH), área com lavouras (AL), área com pastagens (AP), área com matas (AM), capital em culturas (CC), capital em animais (CA), valor das instalações e outras benfeitorias, máquinas e instrumentos agrários (VI), despesas com adubos e corretivos (DA), despesas com animais (DM), outras despesas (OD), grau de escolaridade (ESC1), grau de urbanização (URB), e preço da terra (PRT). Com base nos resultados obtidos, pode-se observar que os fatores de produção que contribuíram mais intensivamente na determinação do valor da produção agropecuária das 300 MRH foram, em 1985, mão-de-obra, outras despesas, preço da terra e área de lavouras; em 1980, mão-de-obra, capital em animais, outras despesas e preço da terra; e, em 1975, outras despesas, mão-de-obra, capital em animais e área de lavouras. Entre os fatores de produção incluídos nos modelos, a mão-de-obra agregada (EH) e suas formas decompostas EHF (mão-de-obra familiar) e EHA (mão-de-obra assalariada) se constituíram nos fatores mais importantes na formação do valor da produção. Seus coeficientes de elasticidade foram sempre positivos e altamente significativos em todos os modelos ajustados para os três anos, vindo em seguida capital em animais, preço da terra e área de lavouras. Ao se analisar as produtividades marginais dos fatores, observou-se que aqueles que correspondem a capital fixo (CC, CA e VI) apresentaram baixa produtividade marginal por cruzeiro investido, não correspondendo, portanto, ao valor da amortização e aos juros sobre o capital empatado. Os fatores de produção que correspondem a capital circulante (DA, DM e OD) apresentaram, em sua grande maioria, produtividade marginal maior que 1, que pode ser considerada boa. Os ajustamentos das funções de produção regionais foram altamente significativos ao nível de 5% de significância, porém, apresentaram sérios problemas de multicolinearidade. Constatou-se, também, que a produtividade marginal da mão-de-obra assalariada no estado de São Paulo é aproximadamente 2,2 vezes a do Nordeste, 3,9 vezes a do Sudeste, e 1,2 vez a da região Sul. Isto, se deve, certamente, ao elevado grau de mecanização e uso de insumos modernos da agricultura paulista. Verificou-se, também, que a agricultura brasileira, como um todo, apresentou mudança tecnológica entre 1975 e 1985, e retornos constantes à escala em 1975, 1980 e 1985. Finalmente, constatou-se que os ajustamentos através do modelo Ulveling-Fletcher foram muito bons, porém, não diferem dos obtidos através do modelo Cobb-Douglas no que se refere à qualidade dos ajustamentos e à significância e sinais dos parâmetros estimados. Porém, o modelo Ulveling-Fletcher permitiu verificar que o coeficiente de elasticidade da área de lavouras é afetado positivamente pelo preço da terra e pela urbanização, e que a elasticidade da mão-de-obra é influenciada pelo grau de escolaridade média nas microrregiões. |