Ligadura tubária em Quatis (Nasua nasua, Linnaeus, 1766), através de miniceliotomia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Penido Junior, Gilberto Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-02082023-115543/
Resumo: Os Quatis (Nasua nasua) são animais pertencentes a família Procyonidae com ampla distribuição na América do Sul e com ocorrência em todos os biomas brasileiros; são animais susceptíveis a diversas doenças dos animais domésticos e algumas zoonóticas. É uma espécie de fácil reprodução, de hábitos gregários e de alimentação generalista; cada vez mais se aproximam das residências em locais de fronteiras entre áreas urbanizadas e de mata, tornando-se animais antropizados e sinantrópicos em alguns lugares da sua ampla distribuição geográfica no Brasil. O objetivo do presente trabalho foi realizar a esterilização de fêmeas de quatis utilizando a técnica da ligadura tubária por miniceliotomia e avaliá-la quanto à segurança (complicação e índice de morbidade pós-cirúrgica) e tempo de convalescença do animal, para realização do controle reprodutivo dos animais em ambientes sob cuidados humanos (ex situ) e em ambiente natural (in situ). Para a realização deste estudo utilizou-se nove fêmeas adultas, inteiras, livres de moléstias, oriundas do manejo in situ e ex situ. A técnica da ligadura tubária foi realizada de duas formas: com uso de clip metálico de titânio (dois animais) e com sutura com fio de nylon (sete animais). O tempo cirúrgico para ambas as técnicas foi respectivamente 40 ± 10 e 12,5 ± 2,5 minutos; a incisão cirúrgica utilizando a miniceliotomia foi de 3,5 ± 0,5 cm. Não houve nenhuma complicação durante o procedimento cirúrgico, os animais conseguiram se recuperar por completo e serem liberados para o grupo em até 24 horas; o procedimento realizado gerou baixo limiar de dor no pós-cirúrgico imediato e mediato com baixa lesão tecidual. Acreditamos que esta técnica cirúrgica tenha proporcionado uma esterilização eficiente e definitiva nos animais, visto que, até o momento, não foi relatado gestação nas fêmeas tratadas. O procedimento não interferiu na estruturação do comportamento gregário e sexual dos indivíduos.