Identificação, avaliação e espacialização das relações entre indicadores de saúde, saneamento, ambiente e socioconomia no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Grisotto, Luis Eduardo Gregolin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-22052012-124859/
Resumo: Introdução - A promoção, proteção e recuperação da saúde são metas sociais e coletivas a serem continuamente perseguidas. O conceito de saúde e bem-estar pode ser melhor compreendido se consideradas as causas das doenças, as condições do meio físico ou biológico e os aspectos sanitários, ambientais, sociais e econômicos envolvidos. Ainda que o Estado de São Paulo registre uma das menores taxas de morbimortalidade do País, há preocupações quanto à situação da cobertura dos serviços de saneamento, à degradação ambiental, às disparidades no padrão de renda domiciliar e do PIB, entre outros fatores que influenciam as condições de saúde em municípios e regiões paulistas. Objetivo - Identificar, avaliar e espacializar a relação entre condições de saúde, saneamento, ambiente e socioeconomia nos municípios do Estado de São Paulo, como subsídio ao processo de planejamento local e regional voltado ao desenvolvimento das áreas mais precárias. Método Através de estudo ecológico, foram realizadas avaliações estatísticas e análises espaciais visando reconhecer e medir as associações entre dados de morbimortalidade de 2010 e um conjunto de doze variáveis relacionadas a saneamento (3), meio ambiente (1), economia (4) e sóciodemografia (4). Os resultados foram espacializados com base em avaliação multicritério e mapas de Kernel. Resultados e Conclusões Os resultados estatísticos demonstraram fracas correlações entre todas as variáveis, provavelmente devido a subnotificações de óbitos e nascimentos; à agregação dos dados secundários; ao fato das internações não estarem evoluindo a óbito; ou, ainda, a própria vulnerabilidade na adoção dos indicadores selecionados. No caso da análise espacial, ao contrário, revelaram-se correlações espaciais entre os índices de morbimortalidade e variáveis associadas a cobertura por redes de água, esgoto e lixo, IDH, IPRS, PIB per capita, porte do município e taxa de urbanização. A espacialização dos resultados por meio dos Mapas de Kernel indicou os pontos mais críticos do Estado, coincidentes com os municípios onde as situações sanitárias, ambientais, socioeconômicas e de saúde são mais precárias. Essas cidades situam-se nas regiões sul, sudoeste e oeste paulista, onde predominam baixas densidades populacionais, grande número de municípios de pequeno porte, baixas taxas de urbanização, menores PIB per capita e maior deficiência de infra estrutura urbana e de saneamento. Com base nesse quadro, foram propostas diretrizes voltadas ao planejamento e ao desenvolvimento desses municípios. Tais medidas requerem amplo envolvimento do poder público e a viabilização de políticas específicas para tais regiões. Recomenda-se, por fim, que as ferramentas e os resultados da pesquisa sejam incorporados ao processos de planejamento e utilizados pelas diversas instâncias tomadoras de decisão