Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Michele Ribeiro da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-04022011-093125/
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Resumo: |
Os escargots da espécie Achatina fulica são caracóis africanos comestíveis e para essa finalidade foram introduzidos no Brasil em 1988 para substituir o escargot europeu Helix sp. Contudo, o hábito alimentar conservador da população brasileira ocasionou prejuízos aos criadores de escargots no Brasil, desencadeando uma soltura irresponsável e anti-ética desses moluscos no meio ambiente, o que proporcionou uma associação direta dos caracóis à impactos ambientais, sendo objeto de estudos e pesquisas correlatas. Todavia, estudos anteriores descreveram efeitos benéficos, antimicrobianos e cicatrizantes do muco extraído de caracóis Achatina sp, e ainda a potencialização destes efeitos a partir do acréscimo de plantas medicinais à dieta base consumida pelos escargots, constatando a capacidade de retenção em seu organismo das propriedades dos alimentos por eles ingeridos. As atividades antimicrobiana e cicatrizante também são conhecidas na utilização da própolis produzida por abelhas da espécie Apis mellifera. Partindo dessas premissas, neste estudo, foi adicionada própolis à ração base dos escargots, objetivando avaliar o efeito cicatrizante desses zooterápicos e suas aplicações. Os resultados obtidos demonstraram que a utilização de muco nas lesões cirurgicamente induzidas em camundongos acelerou o processo de cicatrização, comparativamente ao grupo controle que recebeu apenas tratamento com soro fisiológico. As análises parasitológica e citotóxica realizadas demonstraram que o muco é apto para a utilização proposta. A dieta acrescida de própolis interferiu nas características do muco. Foi possível observar, a partir das avaliações histológicas e macroscópicas uma discreta vantagem no processo de cicatrização para o grupo tratado com muco extraído de escargots que receberam ração base acrescida de própolis em sua dieta. Estes resultados demonstram a potencialidade desta pesquisa em resultar em um biofármaco com propriedades cicatrizantes à base de muco de escargots e ainda uma possível patente deste muco, através do indicativo de sua importância terapêutica para o reparo tecidual de lesões veterinárias e humanas. |