Papel da alça ECA2/Ang 1-7/Mas na prevenção da doença hepática gordurosa não alcoólica por meio do treinamento físico aeróbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Vanessa Cristina Fortunato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-18122017-094146/
Resumo: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) consiste na alteração morfofisiológica do fígado decorrente do acúmulo de lipídios nos hepatócitos. O desenvolvimento de DHGNA pode estar associado à obesidade e o diabetes tipo 2, e um dos possíveis mecanismos mediadores é a hiperatividade da alça ECA/Ang II/AT1 do sistema renina angiotensina (SRA). Por outro lado, evidências mais recentes mostraram que a ativação da alça ECA2/Ang 1-7/Mas do SRA age na direção oposta, podendo atenuar as manifestações clínicas das doenças metabólicas. O treinamento físico aeróbio (TFA) tem sido amplamente recomendado para a prevenção e o tratamento de doenças metabólicas, inclusive da DHGNA, e parte das respostas benéficas podem estar associadas com a melhora do metabolismo oxidativo. Assim, o objetivo desse estudo foi investigar se a prevenção da DHGNA por meio do TFA é mediada pela melhora do metabolismo hepático associada à ativação da alça do SRA ECA2/ Ang1-7/ Mas. Para isso, camundongos C57BL/6 foram separados em grupos (n=10/grupo) sedentários (SED) alimentados com dieta normocalórica (NO) ou de cafeteria (CAF) (SED-NO e SED-CAF, respectivamente) e submetidos ao TFA alimentados com dieta NO ou CAF (TF-NO e TF-CAF, respectivamente). O grupo SED-CAF apresentou maior ganho de peso corporal, conteúdo de lipídios e de IL-6 no fígado, e o TFA previniu esses aumentos no grupo TF-CAF. Não houve diferença na concentração sérica das enzimas ALT e AST, na expressão de genes relacionados com o metabolismo lipídico e na expressão das proteínas AMPK, PGC1- , SIRT-1, ACC e receptor Mas no fígado. Os grupos TF-NO e TF-CAF apresentaram maior atividade da ECA2 no soro comparados ao SED-NO e SED-CAF, porém a atividade da ECA2 e o conteúdo do peptídio Ang1-7 não foram diferentes entre os grupos. O TF-NO apresentou menor atividade da enzima ECA no fígado comparado ao grupo TF-CAF. Coletivamente, os dados obtidos permitem afirmar que o TFA preveniu a DHGNA evidenciado pelo menor conteúdo de lipídios e citocina pró-inflamatória IL-6, no entanto, essa resposta foi independente de mudanças na expressão de genes e de proteínas reguladoras do metabolismo hepático associada à alça do SRA ECA2/ Ang1-7/ Mas