Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pasqualotto, Karoline Rodrigues
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Orientador(a): |
Scomparin, Dionízia Xavier
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Banca de defesa: |
Zardo, Ligia Nadal
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Pochapski, Marcia Thaís
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Mendes, Reila Tainá
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Lipinski, Leandro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Departamento: |
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3073
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Resumo: |
A ingestão de produtos lácteos vem sendo associada a benefícios em parâmetros relacionados à obesidade e síndrome metabólica. A caseína e seus hidrolisados enzimáticos possuem várias propriedades funcionais desejáveis e, por isto, há grande interesse em sua utilização em maior escala na indústria de alimentos. O presente trabalho testou o efeito da suplementação com caseína sobre características antropométricas: circunferência abdominal, peso corporal final, evolução do peso corporal, Índice de Lee, consumo alimentar, gordura perigonadal, mesentérica e retroperitoneal, índice de adiposidade, parâmetros metabólicos e alterações histopatológicas no fígado e coração dos ratos. No total foram utilizados 96 ratos albinos da raça Wistar (Rattus norvergicus), sendo 48 fêmeas e 48 machos com 30 dias de vida, onde os sexos foram divididos em dois grupos experimentais. O grupo Fêmeas dieta de Cafeteria (FDC) e fêmeas controle (FC) e o grupo machos dieta de cafeteria (MDC) e machos controle (MC), e cada um destes grupos foram divididos em suplementados com caseína (FDCC; MDCC; FCC; MCC) e não suplementados (FDC; FC; MDC; MC). A dieta de cafeteria foi ofertada ad libitum diariamente ao grupo DC (dieta de cafeteria) a partir do 30º dia de vida. Aos 60 dias de vida os grupos MDCC, MCC, FDCC, FCC iniciaram a suplementação por 30 dias com caseína pelo método de gavagem. Avaliando a circunferência abdominal, o peso corporal final, a evolução do peso corporal e o índice de Lee observou-se diferença significativa no grupo FDC quando comparado ao grupo FC. Observa-se um menor ganho de peso na evolução corporal apenas no grupo FCC em relação ao grupo FC, com uma diferença significativa de p<0,05. As médias das gorduras nos machos repetiu um padrão das fêmeas e também apresentou diferença significativa quando comprados os grupos dieta de cafeteria e controle. Se comparado o grupo MDC com o grupo MDCC, a gordura retroperitoneal do grupo MDCC diminuiu, mostrando diferença significativa, e nas fêmeas a gordura mesentérica mostrou diferença significativa, diminuindo quando comparado o grupo FDCC com o grupo FDC. O índice de adiposidade mostrou-se menor no grupo FDCC em relação ao grupo FDC, com p< 0,05. E ao analisarmos o efeito da dieta de cafeteria podemos observar que os grupos da dieta tiveram uma média significativamente maior que os grupos controle. A ingestão energética foi significativamente maior tanto nas fêmeas quanto nos machos que receberam dieta de cafeteria (Fêmeas: 187,6 kcal/animal/dia; Machos: 195,4 Kcal/animal/dia) em relação ao grupo controle (Fêmeas: 112,2 kcal/animal/dia; Machos: 160,4 Kcal/animal/dia), com p<0,05. No teste intraperitoneal de resitência à insulina ao analisarmos a área sob a curva as ratas do grupo dieta de cafeteria mostraram uma resistência à insulina significativamente maior que as ratas controle. O grupo dieta de cafeteria apresentou maior glicemia no ponto após a administração da carga de glicose (30 minutos) com média 176,9±68,7mg, quando realizado o teste de tolerância a glicose. Nos demais pontos não houve diferença estatisticamente significativa. Quando se observa a área sob a curva, o efeito da caseína foi significativo no grupo FDCC, quando comparado ao grupo FDC. Ao analisar os parâmetros bioquímicos, os níveis triglicerídeos do grupo FDC foram significativamente maiores em relação ao grupo FC. Os níveis de HDL-c mostraram-se estatisticamente maiores para as FC em relação ao grupo FCC. Os grupos suplementados com caseína mostraram uma redução na maioria das enzimas hepáticas, apresentando uma significância de p=0,01 para a enzima TGP quando comparado o grupo controle das fêmeas (FC) com o grupo controle suplementado (FCC) O peso do fígado e coração foram maiores significativamente nas FDC do que nas FC e os machos apenas o peso do coração foi significativamente maior no grupo MDC quando comparado ao MC. Não foram observadas alterações histológicas nos órgãos. A caseína parece ser promissora em animais sob condições fisiológicas, uma vez que esta exerceu efeito estatisticamente significativo sobre o ganho de peso, índice de adiposidade e quantidade de tecido adiposo, a enzima TGP e no teste de tolerância a glicose. Portanto, estudos adicionais devem ser realizados em um maior período para verificação de sua possível ação no aumento da saciedade, controle da massa corporal e de taxas metabólicas e, assim, podendo servir como recurso nutricional importante para o tratamento e prevenção de doenças metabólicas. |