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Ensino da contabilidade no Brasil: uma análise crítica da formação do corpo docente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Nossa, Valcemiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-18032025-165409/
Resumo: Análise crítica da formação do corpo docente dos cursos de graduação em Ciências Contábeis no Brasil. Esta pesquisa teve como objetivo conhecer as principais causas do sofrível desempenho dos professores de Contabilidade e levantar propostas e sugestões para a melhoria da presente situação. Apresentam-se os principais aspectos da formação do professor de ensino superior, de maneira geral e especificamente da Contabilidade, bem como os cursos de pós-graduação stricto sensu da área contábil. São efetuados levantamentos de dados referentes à titulação e ao regime de trabalho dos professores, abrangendo 76% dos cursos de Ciências Contábeis existentes no país. Também são realizadas entrevistas individuais e em grupo com professores e profissionais ligados à área contábil e/ou à educação. Das instituições pesquisadas, somente 19% dos docentes têm cursos de pós-graduação, sendo 4% em nível de doutorado e 15% em nível de mestrado. Oitenta e um por cento possuem apenas cursos de graduação e/ou especialização. Apenas 16% dos professores trabalham em regime de tempo integral, enquanto os demais são horistas ou trabalhadores em tempo parcial. As principais razões apontadas para o despreparo dos docentes são: expansão rápida dos cursos sem recursos humanos suficientemente capacitados para atender à oferta de vagas; falta de compromisso com a educação por parte da maioria das instituições, professores, governos e alunos; maior atração exercida pelo mercado profissional contábil e falta de incentivo na área acadêmica; falta de preparo pedagógico do profissional liberal-docente, entre outras. Como propostas para a melhoria da formação dos professores, são indicadas: maior incentivo e cobrança às instituições por parte do Ministério da Educação e do Desporto; introdução do Exame de Suficiência Profissional; criação de parcerias entre órgãos da classe contábil e universidades visando à expansão de cursos por todo o país; criação de aulas-atividade remuneradas para incentivar a permanência do docente na escola; promoção de cursos de aperfeiçoamento de curta duração para áreas específicas e de cultura geral; integração da área contábil da instituição com a Faculdade de Educação para discussão das questões pedagógicas; transferência do curso noturno para tempo integral, entre outras. Ao final, são apresentadas algumas sugestões às Instituições de Ensino Superior, ao Ministério da Educação e do Desporto, aos órgãos de classe, aos professores, aos alunos e aos coordenadores de cursos de pós-graduação em Contabilidade.