Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Leonardo Afonso dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-29082024-150417/
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Resumo: |
Neste estudo, investigamos as alterações nos níveis plasmáticos do Fator Neurotrófico Derivado do Encéfalo (BDNF) em pacientes com Depressão Resistente ao Tratamento (DRT) submetidos a tratamento com Eletroconvulsoterapia (ECT) ou Magnetoconvulsoterapia (MST). Para tanto, incluímos pacientes de duas fases distintas do projeto EMCODE (ElectroMagnetic Convulsive Therapies for Depression): o estudo-piloto, um ensaio clínico aberto utilizando MST; e o ensaio clínico randomizado, que compara ECT e MST. Foram incluídos participantes de 18 a 65 anos, com diagnóstico de DRT (diagnóstico de episódio depressivo pelo DSM-5 e presença de falha terapêutica a pelo menos dois ensaios medicamentosos de primeira linha, por tempo e dose adequados) e com depressão de gravidade ao menos moderada na avaliação inicial (pontuação maior ou igual a 17 na Escala de Depressão de Hamilton - 17 itens). Avaliamos os níveis de BDNF plasmático antes do início do tratamento e durante os pontos de acompanhamento nas sessões 6, 12 e 18, além de 1, 3 e 6 meses após a conclusão do tratamento. O estudo, que avaliou os dados de 31 pacientes, não encontrou mudanças significativas nos níveis de BDNF plasmático após o tratamento, com uma diferença das médias de -93,01 pg/ml (p = 0,6768), e não houve diferenças significativas entre os grupos ECT e MST (p = 0,6517). Além disso, a melhoria clínica nos sintomas depressivos não apresentou correlação com os níveis de BDNF, tampouco predisse a resposta ao tratamento. Os resultados indicam que as variações nos níveis de BDNF plasmático não refletem a eficácia da terapia convulsiva, desafiando a utilidade do BDNF como biomarcador para gravidade da depressão ou resposta ao tratamento. Essa descoberta reforça a complexidade dos mecanismos neurobiológicos da depressão e a necessidade de estudos mais aprofundados sobre o papel dos fatores neurotróficos e as terapias convulsivas na DRT |