Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Jamille Ramos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-24082023-110203/
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Resumo: |
O vírus SARS-CoV-2 surgiu na China em 2019, com altos níveis de propagação, e três anos após o início da pandemia é responsável por 670 milhões de casos reportados. Apesar da baixa letalidade já provocou 6,8 milhões de mortes. A entrada do SARS-CoV-2 nas células hospedeiras é mediada pela ligação da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2) com a região Receptor Binding Domain (RBD) localizada na Subunidade S1 da glicoproteína Spike, região alvo de anticorpos neutralizantes. Com essas informações em mente, mapeamos os anticorpos para a proteína RBD presentes no soro de 71 pacientes convalescentes da primeira onda de COVID-19 e de 18 indivíduos vacinados seguindo o regime vacinal de duas doses de Coronavac seguidas de um booster com a vacina miRNA-273. Visamos definir o perfil imunológico destes indivíduos e identificar possíveis peptídeos imunodominantes e a correlação com os títulos de anticorpos neutralizantes. Para isso, utilizamos os seguintes métodos: ELISA para detecção de anticorpos IgG anti RBD, ensaio de neutralização viral (VNT) para detecção de anticorpos neutralizantes e ensaio de microarray para identificar peptídeos específicos da proteína. Parte de nossos resultados mostraram consonância com a literatura: correlação positiva entre títulos de RBD e neutralização. De forma inédita, detectamos um grupo de epítopos imunodominantes reconhecidos por mais de 30% dos indivíduos, que diferem entre as coortes e estão dentro de regiões conservadas entre os betacoronavírus. Destes, apenas um peptídeo, P44 (S415-429), foi reconhecido por 68% dos convalescentes e apresentou reatividade IgG e IgA correlacionada com os títulos de anticorpos neutralizantes, sugerindo que essa é uma região importante na RBD e potencial alvo de atividade neutralizante. Esse peptídeo faz contato com a ECA2 e abriga o sítio de mutação K417 presente nas variantes Beta, Gamma e Ômicron. O perfil de epítopos dos indivíduos vacinados se difere dos convalescentes, sendo mais diverso. Ainda, as regiões imunodominantes reconhecidas pelos vacinados coincidem com os sítios de mutação encontrados na variante Ômicron BA.1, que emergiu após a vacinação. Nossos dados mostram que a pressão imunológica exercida pelos anticorpos imunodominantes podem favorecer a seleção de mutações e a posterior seleção de variantes capazes de evadir a resposta imune |