[pt] DESLOCAR-SE NO HORIZONTE IMPOSSÍVEL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MANOELA PAULA SAWITZKI
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45749&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=45749&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.45749
Resumo: [pt] Deslocar-se no horizonte impossível propõe múltiplas articulações em torno da questão da estrangeiridade. A narrativa Durante a construção da Muralha da China, de Franz Kafka, oferece o modelo estrutural, em que, a partir de blocos erguidos e dispostos num fluxo de viagem, são compostas zonas de vizinhança heterogêneas. Em 2007, Biño Sauitzvy, artista nascido no sul do Brasil, que havia migrado para a França quatro anos antes, retornava para apresentações de seus dois trabalhos mais recentes, H to H e La Divina. São produções intersecionais, entre a dança-teatro e a performance, em que um jovem diretor de teatro regressa como performer, coreógrafo e bailarino. No contato da narradora da tese com esse corpo novo se dá o encontro com o estrangeiro que se revela ali. É ele o meio disparador deste trabalho. O estrangeiro se apresenta nas relações corpo-gênero-sexo, em discussões em torno do eixo linguagem-língua-escrita-silêncio, em desdobramentos sociais, e em diferentes aparições de fronteiras e suas fissuras. Essa situação se impõe na escrita e é discutida no cruzamento entre trabalhos de arte (performance, dança-teatro, artes plásticas e literatura), pensamento teórico e experiência fabuladora. Busca-se assim a elaboração de uma escrita no caminho aberto pela pesquisadora e escritora americana Maggie Nelson, isto é, o de uma autoteoria — gênero que desenvolve a partir de modos de escrita presentes em obras de Roland Barthes, Susan Sontag e de Paul B. Preciado. É a partir desses textos e espaços que se desenvolve uma escrita em movimento, atravessada, por fim, pela estratégia fragmentária do escritor Jean Genet em Diário de um ladrão e Um cativo apaixonado, produzindo uma tese em que vida, memória, viagem e escrita se percorrem mutuamente.