Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Agnani, Deise Renata Gonzalez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20190821-132141/
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Resumo: |
Estudos das interações de fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e outros microrganismos da rizosfera têm documentado o efeito do FMA nas populações destes microrganismos e vice-versa. Espécies do gênero Trichoderma são usadas no controle biológico de patógenos de raiz. Este fungo produz uma série de enzimas extracelulares que degradam a parede de células fúngicas, sendo este um importante fator de biocontrole. Bactérias promotoras do crescimento de plantas, como algumas Pseudomonas do grupo fluorescente, também podem atuar no biocontrole de patógenos de raiz, produzindo substâncias antagônicas ou sideróforos. Além disso, é conhecida a importância da matéria orgânica como fator de melhoramento do solo, suprimindo patógenos do solo e da rizosfera. Uma das principais doenças de citros é a podridão de raiz causada por Phytophthora parasitica, que ocorre na sementeira. Assim, os objetivos foram estudar as interações que ocorrem na rizosfera e na planta hospedeira quando da presença concomitante de P. parasitica, FMAs e agentes de controle biológico, e, avaliar o efeito de diferentes substratos em tais interações microbianas, utilizando-se o porta-enxerto limoeiro Cravo (Citrus limonia). Com o objetivo de selecionar bactérias eficientes no controle do fungo causador de doença de raiz de citros, P. parasitica, foram realizados 3 experimentos in vitro (meio B de King, meio cenoura e sementes de trigo) e um in vivo, nos quais foram utilizados 69 isolados de Pseudomonas spp. e um isolado de P. parasitica. Outro experimento teve finalidade de observar a interação na planta em substrato inerte, sendo os tratamentos: com e sem FMA (Glomus intraradices com pré-colonização- GI pré ou G. intraradices sem a pré-colonização- GI), com e sem os agentes de controle biológico (T. harzianum e B. subtilis) e com e sem o patógeno (P. parasitica). Um segundo experimento de interação em esquema fatorial 3 x 3 x 2 constou de 2 agentes de controle biológico (T. harzianum e B. subtilis) e um controle (sem agente) X 2 FMAs (G. intraradices e G. etunicatum) e uma testemunha (sem FMA) X com e sem P. parasitica com inoculação anterior, posterior e concomitante do FMA e dos agentes de controle biológico. Um último experimento foi montado como fatorial 2 x 2 x 2 x 3: com e sem T. harzianum X com e sem G. intraradices X com e sem P. parasitica X 3 substratos (adição de 2 tipos de matéria orgânica-esterco e plantmax e sem adição de matéria orgânica). Para o experimento in vitro, os isolados bacterianos A5, 52B, I5, I6, I7 E 73 foram antagônicos ao patógeno nos três experimentos realizados. A maioria dos isolados bacterianos, 78%, mostrou um certo controle do patógeno in vivo, já que a massa da matéria fresca das raízes não foi afetada pela presença de P. parasitica. No experimento empregando substrato inerte (areia) houve tendência de controle da Phytophthora por todos os tratamentos realizados. A colonização radicular nas plantas sem patógeno foi significativamente maior quando realizada a inoculação prévia do FMA (GI pré). Trichoderma diminuiu significativamente a colonização do FMA, quando inoculado previamente. No segundo experimento de interação, o crescimento da planta foi favorecido pela inoculação do FMA e pelos agentes de controle biológico inoculados anterior ou concomitante ao FMA, observando-se que estes antagonistas não afetaram a colonização radicular. Houve tendência de controle da doença nos tratamentos 1° Tri/GE, 1° GI/Tri, GI+ Tri, 1° GI/Bac e somente Trichoderma e Bacillus. No último experimento realizado o crescimento das plantas colonizadas por G. intraradices e GI+ Tri, tanto na ausência como na presença de Phytophthora, foi significativamente maior, nos três substratos empregados. As plantas micorrizadas, tanto na presença quanto na ausência de Trichoderma, controlaram P. parasitica |