"Qualidade de vida de pacientes com câncer bucal e da orofaringe através do questionário UW-QOL"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Matias, Katia Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-12012006-151035/
Resumo: O presente estudo realizou teste de campo para uma versão em Português do questionário de qualidade de vida da Universidade de Washington (UW-QOL, quarta versão), com o intuito de avaliar a capacidade do questionário em descrever padrões diferenciais de qualidade de vida de pacientes com câncer de boca no contexto brasileiro, e incentivar avaliações dessa natureza em diferentes contextos culturais. Foram entrevistados 143 pacientes com carcinoma epidermóide de boca e orofaringe atendidos no Complexo Hospitalar Heliópolis, usando um questionário especificamente desenvolvido para esta finalidade. Dados colhidos do prontuário do paciente informaram características sócio-demográficas desses pacientes, sua condição clínica e os tratamentos efetuados. A auto-avaliação de qualidade de vida foi estratificada segundo categorias sócio-demográficas e clínicas, como estratégia para apreciar a capacidade do questionário em discriminar os domínios mais afetados em diferentes quadros de qualidade de vida. Os pacientes com tumores maiores, os que tinham tumores localizados na orofaringe ou na porção posterior da boca, os que apresentaram metástases regionais e os que foram submetidos a radioterapia apresentaram indicações significantemente menos elevadas (p < 0,05) de qualidade de vida. Mastigar, ansiedade, engolir e saliva foram os domínios de pior pontuação; dor, engolir, mastigar e saliva foram as queixas mais freqüentes na semana que antecedeu a entrevista. O questionário foi bem aceito e facilmente respondido pelos pacientes, permitindo a identificação de relevantes contrastes e similaridades entre os grupos de respondentes. Seu uso regular em ambiente hospitalar pode contribuir para antecipar intervenções voltadas à redução de impacto das aplicações terapêuticas e à gestão dos tratamentos.