Qualidade de vida e câncer de boca e orofaringe: valores de referência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Andrade, Fabiana Paula de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-08042009-112321/
Resumo: O auto-relato de qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço é registrado por questionários que dimensionam impactos da doença e do tratamento sobre diferentes domínios de ordem fisiológica, psicológica e social. O presente estudo objetivou estimar valores de referência para os diferentes domínios de qualidade de vida incluídos no Questionário da Universidade de Washington sobre Qualidade de Vida (UW-QOL, 4ª edição) para pessoas sem câncer e comparar estes valores com aqueles obtidos para os pacientes com câncer de boca e orofaringe em estágio pré-cirúrgico. Para estimar os valores de referência foram entrevistados 141 pacientes atendidos nos ambulatórios do Hospital Heliópolis, pareados por sexo e idade com 47 pacientes com câncer de boca e orofaringe em estágio pré-cirúrgico, atendidos no mesmo hospital. A média global e os escores específicos dos domínios de qualidade de vida podem variar de 0 a 100, com valores mais elevados indicando melhor condição funcional. A pontuação média de QV para pacientes sem câncer foi 91,1. Essa medida foi significantemente (p<0,01) mais elevada que para os pacientes com câncer, cuja pontuação global foi 80,6. Para os pacientes sem câncer, os escores de ombros, recreação ansiedade e mastigação foram modificados por sexo, estado conjugal, renda, grau de instrução e presença de problemas na boca. A pequena redução dos valores de referência, em relação aos parâmetros máximos passíveis de aferição (100%) indica favoravelmente a especificidade do questionário. No entanto, nem toda redução de QV dos pacientes com câncer de boca e orofaringe pode ser atribuída à doença ou ao tratamento, pois uma redução do escore médio global de cerca de 9% pode ser decorrente de perdas naturais sofridas pelos indivíduos ao longo da vida. Os domínios dor, aparência, deglutição, fala, paladar e ansiedade apresentaram escores significantemente mais reduzidos nos pacientes com câncer de boca e orofaringe que nos pacientes não afetados pela doença.