Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Ortiz, Luis Patricio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-16042020-132156/
|
Resumo: |
Descreve-se uma coorte de nascidos vivos e os correspondentes óbitos de menores de 28 dias e analisa-se a mortalidade neonatal no Estado de São Paulo, estimando riscos de morte por características do recém- nascido, da gestação e do parto, da mãe e causas de morte segundo a idade da criança ao morrer. Para identificar as mortes ocorridas na coorte de nascidos vivos foi utilizada a técnica de \"linkage\" , concatenando as declarações de óbitos com as respectivas declarações de nascidos vivos. Do total de 167.174 nascidos vivos, 51,2% foram de sexo masculino; 9,2% nasceram com baixo peso; 49,1% correspondem a partos operatórios; 17,1% foram de mães adolescentes; e 59,2% foram de mães que não tenham completado o 1° grau. Por sua vez, a maioria dos 2.955 óbitos concatenados ocorreram no período neonatal precoce (81,9%), sendo que 39,6% concentraram-se durante as primeiras 24 horas de vida; enquanto mais de 70% das mortes foram ocasionadas por doenças classificadas como evitáveis. A probabilidade de morte neonatal alcançou 17,7 por mil, sendo de 14,5 por mil a do período neonatal precoce e de 3,2 por mil a neonatal tardia. Durante as primeiras 24 horas de vida, os recém-nascidos de muito baixo peso apresentaram uma chance de vir a óbito 26,6 vezes maior que os nascidos vivos de peso normal; enquanto, entre os nascidos vivos de pré- termo, a probabilidade de morte é 35,6 vezes maior que a dos nascidos vivos de gestações a termo. Nessa mesma idade, entre os nascidos vivos de pré-termo e baixo peso ao nascer, a probabilidade de morte é 99,3 vezes maior que a correspondente àqueles que eram de termo e com peso normal ao nascer. Nestes grupos, embora o risco de morte tenha diminuído com o aumento da idade, o risco relativo permaneceu elevado. A probabilidade de morte neonatal precoce seria reduzida em 12% se fossem eliminadas as mortes ocorridas por doenças evitáveis através de \"adequado controle na gravidez\"; em 17%, no caso das doenças evitáveis pela \"adequada atenção ao parto\", e em 40% através de \"prevenção, diagnóstico e tratamento médico precoces\". Essas reduções, durante a quarta semana de vida, alcançariam 5%, 2% e 83%, respectivamente. Entre os recém-nascidos de baixo peso, na hipótese de serem eliminados os óbitos por doenças evitáveis por meio de \"adequado controle na gravidez\", a probabilidade de morte neonatal apresentaria uma diminuição maior que entre os nascidos com peso adequado; se fossem eliminadas as mortes do grupo de doenças evitáveis por meio de uma \"adequada atenção ao parto\" o risco relativo aumentaria levemente; enquanto se fossem eliminadas as mortes por doenças evitáveis por meio de \"prevenção, diagnóstico e tratamento médico precoces\" registrar-se-ia um aumento da sobremortalidade das crianças nascidas vivas com baixo peso, em relação às nascidas com peso normal. Conclui-se que os maiores riscos de morte neonatal concentram- se nos primeiros dias de vida e correspondem a recém-nascidos de baixo peso e de gestações de pré-termo, sendo muito elevado o número de mortes que ocorrem por doenças possíveis de evitar. |