Mortalidade neonatal no município de São Gonçalo/RJ : características e tendências de 2004 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Vieira, Diego de Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8684
Resumo: A mortalidade infantil sofreu redução no Brasil, graças a mudanças sociodemográficas, avanço das tecnologias médicas, programas de transferência de renda, políticas de saúde para a mulher e a criança. No entanto, permanece elevado o componente neonatal. Objetivo: Descrever a tendência temporal e características da mortalidade neonatal, segundo indicadores socioeconômicos e demográficos, assistenciais e causas básicas, no município de São Gonçalo/RJ (SG), no período de 2004-2010. Métodos: Estudo longitudinal das características maternas e dos nascidos vivos (NV), da taxa da mortalidade neonatal (TMN), causas básicas e da evitabilidade. Os dados foram retirados de uma coorte retrospectiva, obtida por relacionamento entre as bases do SINASC e do SIM do Estado do Rio de Janeiro, entre 2004 e 2010. A taxa de mortalidade neonatal (TMN) foi calculada de forma longitudinal. Foram apresentadas frequências absolutas e relativas e as diferenças entre as categorias para a TMN foram avaliadas pelo teste do qui-quadrado. A tendência temporal foi estimada usando o software Joinpoint Regression Program. A evitabilidade dos óbitos foi classificada de acordo com a Lista Brasileira de causas evitáveis. Resultados: Em SG, de 2004 a 2010, foram analisados 79.346 NV. Houve mudança demográfica, com diminuição de mães adolescentes e aumento da faixa ≥35 anos, além de queda do nível de baixa escolaridade. Dos 647 óbitos, 22% morreram nas primeiras 24 horas de vida e a maioria foi classificada como baixo peso e pré-termo. Apresentaram maiores TMN aqueles do sexo masculino, de cor preta, de mães com idade superior a 35 anos e baixa escolaridade, primíparas e histórico de natimorto prévio. A TMN foi de 8,15‰. As principais causas de óbito neonatal eram do Capítulo XVI (78,3%), predominando a septicemia bacteriana não especificada e síndrome da angústia respiratória do RN. A TMN por causas redutíveis foi 6,06‰, determinada principalmente por óbitos redutíveis por adequada atenção ao RN e por adequada atenção à gestação. Conclusões: São Gonçalo mostrou resultados demográficos semelhantes aos nacionais, porém descompasso quanto à mortalidade neonatal. Apesar de a TMN ser menor que a nacional, não houve redução temporal, como no Brasil, no mesmo período. Tanto as taxas globais como a evolução temporal foram diferenciadas por características maternas e assistenciais, sugerindo desigualdades no acesso aos serviços de saúde. É necessário ampliar e qualificar a atenção à saúde da mulher e da criança para diminuir os óbitos neonatais evitáveis