Tendência da mortalidade materna na região do Grande ABC Paulista de 1997 a 2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Tognini, Silvana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5165/tde-23102014-150505/
Resumo: Introdução:A mortalidade materna é um dos melhores indicadores do desenvolvimento socioeconômico de um país. O Brasil implementou políticas públicas para redução da mortalidade materna até 2015. A região do Grande ABC Paulista no Brasil apresenta grande heterogeneidade socioeconômica entre seus municípios, podendo refletir a desigualdade social do país, porém apresentando dimensões que permitem maior controle de dados da mortalidade. Objetivo: Avaliar a tendência da mortalidade materna na região do Grande ABC Paulista no período de 1997 a 2011. Metodologia: Estudo ecológico de série temporal, cujos dados foram obtidas no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) do Ministério da Saúde do Brasil (MS). Os dados foram transformados em Índices da Mortalidade Materna Direta (IMMD), estratificados por municípios, índices de desenvolvimento humano (IDH), causas de óbito materno segundo Classificação internacional de doenças (CID-10), local e período de ocorrência do óbito, dados sóciodemográficos e submetidos a comparações (teste U de Mann-whitney, teste de Kruskal-Wallis e teste de Dunn) e associações pela regressão linear, com significância de 5%. Resultados: Os IMMD predominaram em mulheres solteiras, entre 20-34 anos de idade, brancas, escolaridade entre 4-7 anos, intra-hospitalar, no puerpério imediato, por hemorragias/tromboses/embolias e eclâmpsias. Não houve diferença nos IMMD em relação ao grupo IDH. Rio Grande da Serra atingiu IMMD alto (OMS) na maioria das covariáveis analisadas. Apenas São Caetano do Sul apresentou IMMD baixo (OMS), alto IMMI (p=0,03), queda nos IMMD no período de 1997 a 2011 (beta= -0,67/ano, p=0,03) e tendência neste milênio (2000 a 2011, beta=-0,55/ano, p=0,07) com estimativa de queda de 65,1% até 2015. A soma dos óbitos não investigados, não se aplica e de fichas sem investigação para qualquer variável analisada ultrapassa 50%. Conclusão: Os índices da Mortalidade Materna Direta na região do Grande ABC Paulista apresentaram níveis altos e queda discreta no tempo. Apenas o município de São Caetano do Sul apresentou queda expressiva de IMMD nos 15 anos de estudo e tendência a queda neste milênio com estimativa de atingir 65,1% até 2015. Descritores: Mortalidade materna; Políticas públicas; Mulheres; Saúde da mulher/estatística & dados numéricos; Complicações na gravidez/mortalidade; Mortalidade; Sistema Único de Saúde; Estudos epidemiológicos; Saúde da mulher/estatística & dados numéricos; Período pós-parto; Objetivos de desenvolvimento do milênio; Brasil/epidemiologia