Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Angélica Marocchio |
Orientador(a): |
Martinez Espinosa, Flor Ernestina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31238
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Resumo: |
A mortalidade materna é um indicador sensível das condições de vida da população e tem revelado que 92% destas mortes são evitáveis por acesso oportuno a serviços de saúde qualificados. Os níveis de mortalidade materna nos países em desenvolvimento são significativamente superiores aqueles observados em países desenvolvidos e embora estejam em decréscimo no mundo, apenas 5% dos países signatários dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio alcançaram a meta de reduzir a mortalidade materna em 75% entre 1990-2015. Entretanto, sabe-se que a mensuração acurada da mortalidade materna é difícil, devido a dificuldades na atribuição de causas de morte ou insuficiência de informações sobre a gravidez ou puerpério. A existência da gravidez ou puerpério no momento da morte e a causa básica do óbito são fatores chaves para a classificação da morte de mulheres no ciclo gravídico puerperal com reflexo direto na Razão de Mortalidade Materna. No Brasil predominam as mortes por causas obstétricas diretas em especial as doenças hipertensivas, síndromes hemorrágicas, infecção puerperal e aborto. A região Norte do país tem sido descrita com a mais elevada razão de mortalidade materna e também com a maior proporção de mortes por causas maternas. Neste contexto o objetivo deste estudo é analisar a mortalidade por causas maternas em mulheres de 10 a 49 anos, residentes em Manaus, com óbito ocorrido no período de 2006 a 2015 e informado ao Sistema de Informação sobre Mortalidade, descrevendo a evolução da Razão de Mortalidade Materna e o perfil das mortes no ciclo gravídico puerperal ampliado com ênfase nas mortes por causas maternas. Os dados deste estudo são secundários e provenientes do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Os resultados encontrados demonstram que Manaus não alcançou o 5ODM e ao contrário incrementou em 52% a RMM de 1996 a 2015. Identificou-se a possibilidade de haver outro incremento sobre o primeiro de 5,9% à RMM se os óbitos do puerpério tardio fossem considerados. Entre as 7155 mulheres em idade fértil identificadas, 4,9% estavam grávidas ou no puerpério ampliado no momento da morte, 80,5% morreram por causas maternas e 19,5% por outras causas. A predominância de causas é de obstétricas diretas em 60,6% das mortes, seguidas das obstétricas indiretas em 33,5% e as não especificadas em 6,3% do total de mortes maternas. A mortalidade por causas maternas está concentrada na faixa etária de 20 a 34 anos, em solteiras, com escolaridade em nível médio e de raça/cor parda, entretanto a ocorrência na adolescência tem sido 4 vezes maior que no outro extremo de idade de 40 a 49 anos. Foram observadas incompletudes do SIM para variáveis de estado civil (9,5%), escolaridade (13%) e para raça/cor (6%), contudo a investigação epidemiológica do óbito foi realizada em 77,4% do total conduzindo ao resgate de 11 óbitos por causas maternas e alteração/adequação de causa básica para outros 33. |