A greve de 1980: redes sociais e mobilização coletiva dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Macedo, Francisco Barbosa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-15122010-111827/
Resumo: Partindo da análise da greve empreendida, em 1980, pelos metalúrgicos do ABC paulista, esta pesquisa investiga as redes sociais tecidas pelos metalúrgicos residentes em São Bernardo do Campo e suas relações com a mobilização coletiva que, na conjuntura da Abertura, sustentou, entre 1º de abril e 11 de maio, um dos maiores e mais importantes movimentos paredistas do operariado brasileiro. Tal enfoque revelou-nos que o intenso e durável engajamento dos operários na Greve de 1980 derivou, em boa medida, da interação, em um contexto de crise de legitimidade do regime militar vigente, entre vínculos formais e informais, ou seja, da articulação entre vigorosa ação de organizações especialmente, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e denso tecido relacional existente entre os trabalhadores sambernardenses. Assim, fomos levados a considerar a tessitura de redes densas como parte do processo de formação de classe, o que nos levou a enfatizar a ação dos trabalhadores sob(re) os processos de industrialização, migração e urbanização que se intensificaram, a partir da década 50, em São Bernardo do Campo. Com isso, pudemos constatar que, se as fábricas eram, para os trabalhadores sambernardenses, importante âmbito de experiência comum, esta incluía, também, práticas socioculturais encetadas em outros loci do espaço urbano local, especialmente nos bairros em que os trabalhadores residiam.